Emmanuel Adebayor voltou a falar da sua conturbada relação com a família. Em entrevista à revista francesa ´So Foot`, o avançado togolês revelou que a família quase o levou a cometer uma tragédia.
"Senti vontade de me matar muitas vezes e mantive sempre isso em segredo anos a fio. Sinto-me mal por as coisas terem chegado a este ponto, mas fico aliviado por falar sobre isto", revelou o jogador dos turcos do Basaksehir.
O atacante contou que foi obrigado a medidas extremas para fugir da pressão familiar mas nem isso chegou.
"Mudei de número de telefone várias vezes de forma a que a minha família não me pudesse contactar. Eles telefonavam-me não para saber como é que eu estava e sim para exigir dinheiro", contou o atacante de 33 anos, dando um exemplo.
"Foi assim quando me lesionei ao serviço do Tottenham: telefonaram quando estava a fazer um exame para saberem se eu podia pagar a escola dos filhos. Ao menos que me perguntassem primeiro como estava a minha saúde!'", desabafou.
A família, que devia ser o suporte da sua carreira, acabou por se transformar numa maldição para o jogador togolês. Adebayor deixa conselhos aos irmãos mais novos já que não quer que passem pelo mesmo.
"A minha carreira de futebolista chegará ao fim dentro de três ou quatro anos, mas o meu nome de família continuará comigo para sempre - bem como todas as pessoas. Tudo se torna difícil de suportar quando estás a trabalhar no duro de forma a tirares a tua família da pobreza e ainda assim eles se colocam contra ti. Disse sempre aos meus irmãos mais novos que somos manipulados pelas nossas famílias", frisou.
Adebayor tem mantido uma relação conturbada com a família. Em 2014 disse que a mãe lhe tinha rogado uma praga e acusou um dos irmãos, Rotimi, de lhe roubar vários pertences.
Emmanuel Adebayor, de 33 anos, fez a sua formação nos franceses do Metz. Em França representou ainda o Mónaco em três épocas antes de se mudar para o Arsenal onde esteve durante quatro temporadas. Seguiram-se duas épocas no Manchester City, seis meses no Real Madrid, antes de passar mais quatro anos no Tottenham. Mudou-se depois para o Crystal Palace, de onde saiu para o Basaksehir onde está há duas temporadas.
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