Christian Eriksen falou pela primeira vez publicamente sobre a paragem cardiorrespiratória que sofreu durante o encontro do Euro'2020 com a Finlândia. Foi numa entrevista à televisão pública dinamarquesa DRTV.
Eriksen, de 29 anos, que se encontra atualmente sem clube depois da rescisão de contrato com o Inter Milão, começou por comentar o apoio que recebeu desde o momento em que colapsou no relvado, lembrando que esteve sem responder às tentativas de reanimação durante cinco minutos.
"Foi incrível como tantas pessoas sentiram a necessidade de me escreverem ou de me enviarem flores. Foi algo que teve impacto em muitas pessoas e sentiram a necessidade de amparar-me a mim e à minha família. Isso deixa-me muito feliz. No hospital, diziam-me que eu estava a receber flores cada vez mais. Era estranho porque eu não estava à espera que me enviassem flores porque eu morri por cinco minutos. Foi extraordinário, mas muito bom da parte de todos e uma grande ajuda para mim ter recebido todo aquele suporte", recordou.
"As pessoas ainda me escrevem. Agradeci às pessoas com quem me encontrei. Agradeci pessoalmente aos médicos, aos meus companheiros de equipa e às famílias deles. Mesmo aos fãs que enviaram milhares de cartas, e-mails e flores, ou até mesmo a quem me cumprimenta e fala comigo nas ruas, tanto em Itália como na Dinamarca. Agradeço a todos eles porque foi algo que me chegou um pouco de todo o mundo e ajudou-me imenso a ultrapassar tudo isto", acrescentou.
Eriksen vai agora passar a ter de jogar com um desfibrilhador, motivo que o levou a rescindir com o Inter devido aos regulamentos da Serie A, e procura um novo clube, de forma a conseguir cumprir o objetivo a que se propõe: estar no Mundial-2022, no Qatar.
"O meu objetivo é ir ao Mundial. Eu quero continuar a jogar. É um dos meus objetivos! Se vai acontecer… isso é outra conversa, que não depende só de mim. Mas nunca pensei em deixar o futebol. Fisicamente estou em boa forma e ainda tenho algum tempo para voltar a jogar e encontrar o nível necessário para ser chamado. Quero voltar a jogar no Parken [estádio onde colapsou] e provar que aquilo não passou de um acontecimento fortuito. O meu coração não é um obstáculo", frisou na mesma entrevista.
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