Em comunicado conjunto, hoje divulgado e assinado pelos presidentes de ambos os clubes, defende-se que a repetição do jogo "é a única decisão certa" para o que foi a primeira situação de abandono de campo devido a gritos e insultos racistas vindos da bancada na Alemanha.
Aaron Opoku, jogado Osnabrück, foi a vítima dos insultos, com gritos de macaco vindos da bancada. O alegado autor foi depois identificado e retirado do estádio, mas o sucedido manifestamente abalou Opoku, alemão de ascendência ganesa.
"Houve um pontapé de canto para o Osnabrück e depois ouvi sons de macaco vindos das arquibancadas. Vi como o jogador ficou abalado", explicou árbitro Nicolas Winter.
Depois, todos se dirigiram para o balneário para, de acordo com o árbitro, "cuidar do jogador". "Eu disse que estamos aqui para o proteger", sublinhou o árbitro, que vai elaborar um relatório especial sobre o incidente.
"Não podemos aceitar algo assim. Aaron está de rastos e não pode continuar em campo", disse, depois, Michael Welling, diretor do Osnabrück, clube que assumiu não ter condições para continuar a partida.
Desde logo, o Duisburgo manifestou solidariedade com o adversário.
"Só tivemos a oportunidade de pedir desculpas. Compreendemos perfeitamente a situação. Este é um ponto baixo na história do nosso clube", admitiu o porta-voz do clube, Martin Haltermann.
A situação, inédita na Alemanha, terá agora de ser analisada pela federação alemã, para uma decisão sobre o desfecho do encontro.
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