Um dos jogadores do Fuenlabrada, clube que teve um surto de covid-19 na equipa, foi hospitalizado “por precaução”, num hospital da Corunha, disse hoje o emblema espanhol da segunda divisão de futebol.
De acordo com o Fuenlabrada, o jogador, que não foi identificado para salvaguardar a sua privacidade, e que tinha testado positivo à covid-19, “sentiu-se mal e foi levado para um hospital por precaução”, embora o seu estado “não seja grave”.
Na quinta-feira, a equipa registou mais quatro casos de covid-19, além de um quinto inconclusivo, que apresenta sintomas e cujo processo está a ser analisado, pelo que o número de infetados na comitiva ascende a 10, além dos quatro em Madrid.
A equipa do Fuenlabrada encontra-se em quarentena num hotel da Corunha, para onde viajou para defrontar segunda-feira o Deportivo, para a 42.ª e última jornada da II Liga, jogo que foi cancelado, após ter sido detetado um surto de covid-19.
A Real Federação Espanhola de Futebol abriu na quarta-feira um inquérito disciplinar ao Fuenlabrada, depois de o Conselho Superior do Desporto ter considerado que o clube madrileno incumpriu com as normas sanitárias na visita ao Deportivo da Corunha.
O Fuenlabrada, através do seu presidente, Jonathan Praena, garantiu que o clube "não foi negligente", tendo cumprido as baterias de testes requeridas e o isolamento assim que foram detetados os casos, tendo-se insurgido contra as acusações de que o clube tem sido alvo.
A Liga espanhola de futebol (LaLiga) comunicou que a primeira eliminatória do 'play-off' de subida à primeira divisão foi adiada, até que fique resolvido o caso que envolve o Deportivo e o Fuenlabrada, mas que o jogo não seria reagendado.
A formação galega já não tem hipóteses de manutenção, mas recorreu às instâncias disciplinares sobre este cancelamento, enquanto o Fuenlabrada, oitavo colocado, ainda pode chegar ao sexto lugar e, assim, disputar o 'play-off' de subida ao principal escalão.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 627 mil mortos e infetou mais de 15,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Comentários