As eleições para a escolha do novo presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, que deveriam ter lugar hoje, foram adiadas para 08 de agosto, disse o presidente da comissão eleitoral, Lino Lopes.
Os mandatários dos candidatos ao escrutínio alegaram que o espaço onde deveria decorrer a votação não obedece aos parâmetros exigidos pelo alto-comissariado de luta contra o novo coronavírus em termos de distanciamento pessoal e pediram que se encontre o novo espaço, indicou Lopes.
A votação deveria decorrer na sala de reuniões da sede da federação guineense, no bairro de Badim, em Bissau.
Lino Lopes explicou que a alta-comissária contra a covid-19, a antiga ministra da Saúde Magda Robalo, já havia advertido a comissão eleitoral sobre a exiguidade da sala, que tem capacidade máxima para 28 pessoas.
Vão tomar parte na votação 46 pessoas, entre clubes da primeira e segunda divisão e associações ligadas ao futebol guineense.
"Vamos ter que adiar a votação de hoje, para encontrarmos uma outra sala, antes de 08 de agosto", observou Lino Lopes.
A pandemia de covid-19 já provocou cerca de 640 mil mortos e infetou mais de 15,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
As eleições na federação guineense de futebol acontecem numa altura em que se instalou a polémica à volta do presidente cessante e que concorre a um terceiro mandato, Manuel Nascimento, suspenso por 10 anos de todas as atividades desportivas pelo Comité de Ética da FIFA.
A notícia da suspensão de Manuel Nascimento foi conhecida na sexta-feira, a menos de 24 horas da votação, que deveria ter lugar hoje.
Nascimento é acusado pela FIFA de ter “falhado na proteção da integridade física e mental de um homem que foi vítima de um ataque em massa", documentado num vídeo, divulgado no Facebook, pelo que o dirigente terá também de pagar uma multa de 100 mil francos suíços (cerca de 93 mil euros).
O dirigente ainda não esclareceu se pretende retirar-se da corrida eleitoral, onde enfrenta cinco outros candidatos.
Manuel Nascimento apenas disse que a suspensão é passível de ser contestada nas instâncias desportivas internacionais e é o que vai fazer.
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