Um tribunal chinês condenou esta segunda-feira um antigo alto funcionário da associação de futebol do país a 11 anos de prisão por corrupção.
Li Yuyi, ex-vice-presidente da Associação Chinesa de Futebol (CFA), foi condenado por um tribunal em Jingzhou, província de Hubei e multado em US$ 140.000, enquanto os bens que obteve por intermédio de subornos serão confiscados e entregues ao estado.
Em março, Li declarou-se culpado de usar seus cargos na CFA para acumular dinheiro e presentes no valor de mais de 1,7 milhões de dólares americanos entre 2004 e 2021.
Li atuou como vice-presidente da CFA de 2015 a 2019. Antes disso foi chefe da administração desportiva de Xangai.
Sob o comando do presidente Xi Jinping, as autoridades reprimiram duramente a corrupção na indústria desportiva da China, especialmente no futebol.
Xi é um fanático confesso por futebol, chegado mesmo afirmar que a China irá receber e vencer a Copa do Mundo. Contudo, essa ambição parece mais distante do que nunca depois de repetidos escândalos de corrupção e anos de resultados dececionantes em campo.
Em março, o ex-chefe da CFA, Chen Xuyuan, foi condenado a prisão perpétua por aceitar subornos no valor de mais de US$ 11 milhões.
No mesmo mês, o ex-técnico da seleção chinesa e ex-médio do Everton, Li Tie, também se declarou culpado de aceitar mais de US$ 10,7 milhões em subornos e ajudar a manipular resultados. E em maio, a emissora estatal CCTV informou que Gou Zhongwen, ex-diretor da Administração Geral de Desportos da China, estava sob investigação por corrupção.
Ao todo, cerca de 10 altos funcionários da CFA foram investigados nos últimos meses.
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