O selecionador nacional do Qatar, Carlos Queiroz, reagiu ao alegado episódio de racismo na partida particular diante da Nova Zelândia da passada segunda-feira, e que levou os neozelandeses a abandonar a partida ao intervalo, recusando-se a regressar para a segunda parte.
Em causa estarão alegados insultos racistas feitos a Michael Boxall durante a primeira parte, situação que, de acordo com a federação neozelandesa, foi reportado ao árbitro da partida que acabou por nada fazer.
Após o incidente, Carlos Queiroz mostrou-se surpreso com a decisão da equipa adversária uma vez que, segundo o técnico, tal foi tomada sem quaisquer testemunhas.
"Ao intervalo, o capitão da Nova Zelândia informou-nos que tinham decidido não voltar ao jogo. Os factos são os seguintes: aparentemente, dois jogadores trocaram palavras, quem disse primeiro, quem disse depois, é apenas entre eles. Os jogadores da Nova Zelândia decidiram apoiar o companheiro de equipa e, como é óbvio, toda a nossa equipa apoiou o nosso jogador, mas o 'staff' da Nova Zelândia decidiu abandonar o jogo, sem testemunhas do que ocorreu", explicou Queiroz a um canal de televisão qatari.
O treinador português acrescentou que ninguém terá ouvido quaisquer in.sultos racistas entre jogadores, deixando a questão de como a FIFA irá procurar resolver esta questão quando não existem testemunhas que o comprovem.
"O árbitro, os bancos, os treinadores, ninguém ouviu. Foi apenas uma discussão entre dois jogadores e acho que este é um novo capítulo, que por certo ninguém entende. Agora deixemos as autoridades do futebol tomarem uma decisão sobre o que aconteceu neste jogo amigável. Acho que este caso ficará sob observação da FIFA. Perguntei ao treinador, aos árbitros, ninguém ouviu nada, pelo que, aparentemente sem testemunhas, não sei como a FIFA vai lidar com esta situação", afirmou.
A partida entre Qatar e Nova Zelândia foi dada como interrompida ao intervalo. Nessa altura, os neozelandeses venciam por 0-1.
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