O croata Branko Ivankovic foi nomeado treinador da seleção masculina da China, anunciou hoje a Associação Chinesa de Futebol (CFA, na sigla em inglês).
Branko Ivankovic, de 69 anos, era selecionador de Omã desde 2020.
O croata vai substituir o sérvio Aleksandar Jankovic, nomeado para o cargo há um ano e que orientou a China durante a Taça Asiática.
A seleção chinesa foi eliminada na fase de grupos, após dois empates e uma derrota contra o anfitrião, o Qatar, que acabou por revalidar o título asiático na final, a 10 de fevereiro.
Apesar das grandes ambições anunciadas na última década pelo Governo chinês para o futebol do país, a seleção chinesa está atualmente na 88ª posição do ranking da FIFA, o mesmo nível que há 10 anos.
A nomeação de Ivankovic ocorre num momento em que o futebol chinês tem sido afetado por sucessivos escândalos de corrupção.
Num documentário transmitido em janeiro pela televisão estatal chinesa, o ex-selecionador Li Tie admitiu ter subornado equipas adversárias para vencer vários jogos, quando estava à frente do Wuhan Zall, e conseguir a promoção ao principal escalão do futebol da China.
Na sexta-feira, a imprensa chinesa disse que Li Tie tinha sido condenado à pena de prisão perpétua.
O ex-presidente da CFA, Chen Xuyuan, também se declarou culpado de corrupção em janeiro, na abertura do julgamento em que era acusado de ter recebido mais de 81 milhões de yuan (10,4 milhões de euros) em subornos.
Chen Xuyuan aceitou um suborno de dois milhões de yuan (cerca de 256.600 euros) de Li Tie para que nomeasse a antiga estrela como selecionador, de acordo com o Ministério Público.
Chen foi condenado a uma pena de 15 anos de prisão, enquanto o vice-presidente da CFA, Du Zhaocai, vai cumprir uma pena de 13 anos de prisão, avançou a imprensa chinesa.
Estes processos criminais fazem parte de uma grande campanha anticorrupção iniciada pelo líder chinês Xi Jinping há uma década.
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