A Associação de Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL), que agrega 32 ligas e cerca de 900 clubes, defendeu hoje o desempenho dos clubes nas competições nacionais como principal critério para acederem à Liga dos Campeões.
“As competições nacionais têm de ser a base das competições internacionais”, começou por afirmar o presidente da EPFL, Lars-Christer Olsson, em conferência de imprensa.
Após uma reunião entre a EPFL e a Associação Europeia de Clubes (ECA), que decorreu em Madrid, para discutir as possíveis alterações às competições de clubes da UEFA após 2024, Olsson foi perentório.
“A grande maioria dos clubes, com exceção de alguns ricos e poderosos, defende que o mérito desportivo é que deve ser o fator decisório de quem participa nas competições internacionais”, vincou.
Numa reunião em que marcaram presença representantes de mais de 240 clubes, estes voltaram a mostrar-se contra o novo formato da Liga dos Campeões que vem sendo defendido pela elite do futebol europeu.
Lars-Christer Olsson lembrou que as alterações vão beneficiar, sobretudo, os clubes de topo da Europa, que, assim, terão a participação na prova assegurada, independentemente do desempenho que tenham nas competições internas.
As ligas europeias querem ver mais vencedores de campeonatos nacionais a terem acesso direto à fase de grupos da Liga dos Campeões, ao invés de terem de passar por rondas de qualificação para atingirem aquela fase.
O presidente da Liga espanhola, Javier Tebas, anfitrião da reunião, também criticou as alterações propostas pela elite do futebol europeu.
“Toda a indústria do futebol seria afetada com essas alterações”, disse, deixando em aberto avançar com ações judiciais caso as mudanças sejam efetivadas: “Seria um cenário extremamente complicado.”
A EPFL vai reunir-se com o Comité Executivo da UEFA na quarta-feira, com a intenção de discutir as alterações pretendidas pela ECA.
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