A Associação de Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL) mostra-se veementemente contra uma reformulação da Liga dos Campeões que resultaria na diminuição das receitas e do calendário das competições domésticas, anunciou o organismo nesta sexta-feira, em assembleia geral realizada em Lisboa.
"Todas as ligas estão unidas" e "nosso objetivo principal é proteger as competições domésticas", disse o presidente da European Leagues (EL), Lars-Christer Olsson.
"Os dez últimos anos foram negativos para as competições nacionais", continuou o dirigente sueco durante uma conferência de imprensa.
A associação representante das Ligas, organizadoras dos campeonatos nacionais de futebol em toda a Europa, vai convidar os mais de 900 clubes que participam nas suas competições para se reunirem em Madrid entre 6 e 7 de maio e "debater a maneira como gostariam de ver evoluir as competições profissionais de futebol na Europa", anunciou Olsson.
Este encontro acontecerá na véspera da reunião prevista para 8 de maio em Nyon, na Suíça, entre a UEFA e as Ligas europeias, que irão conversar sobre os projetos polémicos de reforma da Liga dos Campeões, desenvolvida pela Associação Europeia de Clubes (ECA).
Segundo a imprensa, o projeto principal das entidades europeias seria disputar, a partir da temporada 2024, a fase de grupos da Liga dos Campeões com quatro grupos de oito equipas, terminando com o atual modelo de oito grupos de quatro equipas.
Isso garantiria mais jogos aos clubes e, consequentemente, mais receita, mas também obrigaria a uma reformulação no calendário. Um cenário em cima da mesa é a disputa dos jogos da Liga dos Campeões nos fins de semana, algo que a EPFL é veementemente contra.
Esta 'nova' Champions ficaria mais parecida com uma Liga fechada, com os seis primeiros classificado a garantirem vaga na edição seguinte, independentemente das suas classificações nos campeonatos nacionais.
"A imprensa não inventou nada. A questão agora é saber como bloquear o caminho escolhido pela UEFA e pela ECA para mudar uma competição que manteria o nome, mas seria completamente diferente", declarou à AFP o presidente da Liga espanhola, Javier Tebas.
"Ninguém poderá obrigar as Ligas a mudarem de formato contra a sua vontade", concluiu o dirigente após a reunião em Lisboa, nesta sexta-feira.
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