A Federação Alemã de Futebol (DFB) e o governo do país festejaram em uníssono a atribuição da organização da fase final do Europeu de futebol de 2024, anunciada hoje pelo presidente da UEFA, o esloveno Aleksander Ceferin.

“Quero agradecer ao Comité Executivo da UEFA esta manifestação de enorme confiança que nos provoca um sentimento de grande responsabilidade. Faremos tudo para estar à altura”, disse o presidente da DFB, Reinhard Grindel.

Apesar de integrar o órgão de cúpula da UEFA, o líder federativo alemão não participou na votação secreta realizada hoje na sede do organismo, em Nyon (Suíça), tal como o vice-presidente da federação turca, Servet Yardimci, o único país adversário na corrida à organização do Europeu de 2024.

“Preparámo-nos durante vários anos para esta decisão. Queremos organizar uma grande festa do futebol e mostrar ao mundo até que ponto o nosso país pode ser um bom anfitrião”, assinalou o ex-futebolista Phlipp Lahm, campeão mundial em 2014, embaixador da candidatura germânica.

A Alemanha, que foi também o país anfitrião de duas edições do Campeonato do Mundo, em 1974 e 2006, organizou pela primeira e única vez o Europeu de futebol em 1988, dois anos antes da reunificação, numa edição sem a participação de Portugal.

O selecionador alemão, Joachim Löw, que levou a equipa à conquista do título no Mundial2014, manifestou-se “entusiasmado” com a possibilidade de orientar a equipa anfitriã do torneio, prometendo contribuir para a organização de “um Europeu formidável”.

“Será uma oportunidade para demonstrarmos nos nossos valores: a abertura ao mundo, a tolerância, a liberdade e o respeito. Devemos fazer deste Euro um torneio para todos os cidadãos europeus”, defendeu o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Heiko Maas.

Maas manifestou-se “particularmente satisfeito” com a inclusão na candidatura alemã de “uma estratégia de defesa dos direitos humanos”, critério que foi introduzido pela primeira vez no processo de escolha da UEFA. “Nos tempos que correm, é um bom sinal”, argumentou.

“Hoje é um bom dia para o futebol alemão. As emoções e imagens de 2006 ainda estão na memória de todos e estamos ansiosos por voltar a receber um grande evento internacional no nosso país”, disse o presidente da Liga alemã de futebol, Reinhard Rauball.