Alan Pardew deixou o cargo de treinador do CSKA Sófia, 48 dias depois de ter assumido o comando técnico do emblema búlgaro.
O inglês anunciou a sua saída esta quarta-feira, devido aos insultos racistas dirigidos aos aos jogadores negros da sua equipa e também ao seu adjunto Alex Dyer, o primeiro negro a desempenhar um papel de treinador no clube.
"Foi um privilégio para mim ter feito parte deste clube. Infelizmente, o meu tempo aqui acabou. Os acontecimentos antes e depois do jogo com o Botev foram inaceitáveis no meu ponto de vista, assim como do ponto de vista do meu assistente Alex Dyer e dos nossos jogadores, que decidiram jogar por lealdade para com o clube. Este pequeno grupo de adeptos racistas organizados, que tentaram sabotar o jogo, não são os adeptos da equipa da qual eu quero estar à frente", garantiu o técnico, em comunicado.
No dia 19 de maio, um grupo de adeptos do CSKA Sófia impediu o autocarro do clube de entrar no estádio antes do jogo com o Botev Plovdiv (0-0). Além disso, atiraram garrafas e bananas em direção aos jogadores negros da equipa.
Este incidente aconteceu uma semana depois de o clube ter perdido a final da Taça da Bulgária para o rival Levski Sófia.
Pardew Pardew trabalhava como diretor técnico no CSKA desde novembro de 2020 mas assumiu o comando da equipa em abril.
O CSKA Sófia terminou a Liga Búlgara no 2.º lugar, com 58 pontos, a 21 do campeão Ludogorets, pelo que vai estar na Liga Conferência em 2022/23.
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