O Atlético de Madrid considerou hoje que “a família do futebol europeu não quer a Superliga”, criticando a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), que viabilizou a realização da prova.
“A família do futebol europeu não quer a Superliga Europeia. Alemanha, França, Inglaterra, Itália, Espanha (com exceção de Real Madrid e FC Barcelona), etc., não querem a Superliga”, lê-se no sítio oficial do emblema madrileno, que foi um dos fundadores da competição, em abril de 2021, mas que abandonou a ideia poucos dias depois.
O mais alto órgão administrativo da UE considerou hoje que a UEFA e a FIFA abusaram da sua "posição dominante" na sua ação contra a criação da controversa Superliga de futebol.
"A Associação Europeia de Clubes (ECA) e a UEFA criaram uma parceria que torna sem sentido a consideração de que a UEFA é um monopólio, uma vez que os clubes, em virtude dos acordos adotados no âmbito desta parceria conjunta decidem em 50% a quem são vendidos os patrocínios e os direitos televisivos e a distribuição das referidas receitas, bem como os formatos de competição", aponta o Atlético Madrid.
Os ‘colchoneros’ mostraram-se ainda de acordo com a posição de outros clubes e organismos, e afirmaram serem “a favor de proteger a grande família do futebol europeu, de proteger as ligas nacionais e, através delas, alcançar a qualificação para as competições europeias no campo de jogo em cada temporada".
O TJUE considerou hoje contrária à legislação europeia a decisão da FIFA e da UEFA de proibir futebolistas e clubes de participarem em competições privadas, tal como a Superliga proposta em 18 de abril de 2021.
Real Madrid e FC Barcelona são os resistentes entre os 15 fundadores do projeto original – apesar de só terem sido revelados 12 -, que preconizava uma competição com 20 clubes, que foi contestada por diversos quadrantes, desde as estruturas da modalidade até aos governos nacionais, passando pelos próprios adeptos.
Em outubro de 2022, foi criada a empresa A22, promotora do projeto, que readaptou o plano inicial, em fevereiro de 2023, sob novos princípios e um modelo com 60 a 80 clubes, que fosse aberto, sem membros permanentes e alicerçado no mérito desportivo.
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