O treinador João Pintar da Silva, responsável pela estreia do Ferrovia do Huambo na 1ª divisão (Girabola 2019/2020), deixou o comando técnico desta agremiação desportiva, por razão até aqui não avançadas, apurou hoje, quinta-feira, a ANGOP.
Sem avançar as razões da desvinculação do contrato com o técnico, de 51 anos de idade, o presidente de direcção dos “locomotivas”, Adriano Marques Catito, confirmou que para época futebolística 2020/2021 o Ferrovia do Huambo não deverá mais contar com os préstimos do treinador João Pintar da Silva.
“Por enquanto é prematuro falar de um possível substituto, porém temos, neste momento, o treinador adjunto Luís Quintas, como um dos reforços da futura equipa técnica”, limitou-se o dirigente desportivo.
Adriano Marques Catito informou, por outro lado, que a base do plantel irá manter, devendo ser reforçado por um outro jogador, assim como as dispensas, numa altura que administrativamente já se prepara para a próxima época futebolística, com realce para o Girabola, cujo sorteio, previsto para a último quarta-feira, foi adiado “sine die”, no quadro das medidas de prevenção da covid-19.
Por isso, o presidente dos “locomotivas” defendeu a necessidade de os clubes analisarem, junto da Federação Angolana de Futebol (FAF), os meios a utilizar para a abertura da época desportiva, face a situação actual que o país atravessa, marcado com a pandemia da covid-19.
João Pintar da Silva, considerado pela crítica desportiva como “rei” das subidas de divisão, promoveu, em 2019, o Ferrovia do Huambo à 1ª divisão, clube este que orientou durante a sua estreia no anulado Girabola2019/2020, tendo alcançado a 13ª posição da tabela geral de classificação, com 20 pontos, em 23 jogos.
A odisseia deste treinador nacional iniciou em 1998 ao serviço do Desportivo Chicoil do Cuando Cubango, ainda como adjunto de Agostinho Tramagal.
Como treinador principal, João Pintar da Silva promoveu, em 2004, o regresso do Sporting do Bié ao Girabola, em 2007 fez regressar à I divisão o FC Bravos do Maquis, feito que viria repetir em 2016, e em 2008 teve o mesmo sucesso ao serviço da Académica do Lobito. Em 2009 tentou, sem sucesso, colocar o Petro do Huambo na I divisão.
Além destas equipas, já orientou a Académica do Soyo e foi adjunto no Recreativo da Caála e Sonangol do Namibe.
Por sua vez, o Ferrovia do Huambo, equipa adstrita ao Caminho de Ferro de Benguela, fundada em 1930, já foi vice-campeã nacional em 1974.
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