O técnico da seleção espanhola feminina de futebol disse hoje ter “força para criar uma nova equipa”, após várias jogadoras internacionais terem comunicado a dispensa da equipa principal ‘roja’, garantido que, “em momento algum”, considerou demitir-se do cargo.

Há uma semana, 15 atletas comunicaram à Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) que não queriam mais representar a seleção 'roja', caso a atual situação, que afeta de forma importante o “estado emocional e a saúde”, não seja revertida.

Contudo, posteriormente, o grupo "lamentou que a federação tenha tornado pública, de forma parcial e interessada, uma comunicação privada", clarificando que "não renunciou à RFEF".

As ‘capitãs’ Jenni Hermoso e Irene Paredes, que não constam na lista das 23 convocadas, com vista aos particulares contra a Suécia (07 de outubro) e Estados Unidos (11), colocaram-se ao lado do grupo de 15 atletas, assim como Alexia Putellas, atual melhor futebolista do mundo, que continua a recuperar de uma lesão grave.

Jorge Vilda confessou que os últimos dias não têm sido fáceis, pelo que não deseja a ninguém o que está passar, e sublinhou que “há falta de clareza na mensagem das jogadoras”.

"É preciso ser corajoso e, então, estou aqui. Não desejo a ninguém o que estou a passar estes dias, mas em nenhum momento pensei na demissão”, manifestou o técnico, em conferência de imprensa.

Apesar de ser uma “situação complicada de lidar”, principalmente para família, Vilda, de 41 anos, garantiu ter “força e energia para continuar”.

"Estamos a trabalhar há muito tempo, construímos uma equipa de que todos se orgulhavam e sei que podemos voltar a fazê-lo. É uma situação complicada de lidar e sofro mais pela minha família, que é muito mais afetada. Acho que estamos a fazer o que está certo e só trabalhamos honestamente e arduamente com o futebol feminino”, expressou.