O Benfica tem como objetivo estar “novamente na fase de grupos da Liga dos Campeões” de futebol feminino, mas terá de ultrapassar o Rangers, “um patamar que vai criar dificuldades”, disse hoje a treinadora das ‘encarnadas’.
Em declarações à agência Lusa, na véspera de viajar para a Escócia, Filipa Patão frisou que as adversárias de terça-feira têm “um futebol mais físico e vertical” do que as suas jogadoras estão habituadas a encontrar na I Liga portuguesa, mas traçou como objetivo “tentar a vitória” na primeira mão para, depois, “gerir o jogo de outra forma” no Seixal.
“Vai ser importante entrar bem, conseguirmos fazer um bom resultado fora para que junto dos nossos adeptos e no conforto da nossa casa consigamos manter o resultado ou dilatar, se for o caso”, traçou Filipa Patão.
As ‘encarnadas’ já deixaram para trás as kosovares do KF Hajvalia (9-0) e as neerlandesas do Twente (2-1), mas têm pela frente, agora, uma equipa “só com vitórias este ano e que está a investir muito no futebol feminino”.
O Rangers foi campeão escocês na época passada sem sofrer qualquer derrota e é uma equipa que procura “tanto em bolas paradas como na profundidade, em transições, criar dificuldades a adversários do mesmo nível ou de nível superior”, analisou a treinadora do Benfica.
Trata-se de “uma dinâmica diferente” da que as jogadoras estão habituadas a encontrar na Liga portuguesa, onde as adversárias, “apesar de não terem as mesmas valências, tentam sempre jogar um futebol apoiado” e “não são equipas tão físicas” como o Rangers.
“Não é uma equipa que se sente confortável em posse, quando pressionada, mas acaba por ter as suas valências, principalmente no aproveitamento da verticalidade e das jogadoras que tem na frente, que têm um porte físico bastante avantajado para aquilo que é a jogadora feminina. Por aí e no jogo aéreo, vão acabar por nos criar dificuldades”, advertiu Filipa Patão.
Além disso, no encontro da primeira mão, o Benfica não pode contar com a ‘capitã’ de equipa, Sílvia Rebelo, que viu cartão amarelo em ambos os encontros da primeira ronda de eliminatórias, mas a treinadora lembra que tem “um plantel bastante equilibrado”.
“Independentemente da ausência da Sílvia [Rebelo], que é sempre uma ausência de uma jogadora importante no nosso plantel, vamos ter jogadoras a dar boa resposta. A ideia de um plantel homogéneo é que todas elas, independentemente das ausências, consigam dar excelente resposta e ajudar a equipa”, comentou a treinadora.
Outra “dificuldade” a superar pelas ‘encarnadas’ será a “recuperação das jogadoras”, uma vez que o Rangers disputou o seu último encontro na quarta-feira, enquanto o Benfica venceu o Albergaria (6-0) no sábado, viaja na segunda-feira para Glasgow e defronta as escocesas na terça-feira.
“A equipa do Rangers, além de jogar em casa e de não ter de fazer viagens, ficou parada em termos de campeonato, portanto vai apresentar-se com menos minutos nas pernas. Mas o nosso trabalho é recuperar as nossas jogadoras o melhor possível e aí temos vários departamentos que fazem um excelente trabalho”, tranquilizou a treinadora.
O Benfica defronta o Rangers na terça-feira, no Ibrox Stadium, em Glasgow, em encontro da primeira mão da segunda ronda de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões de futebol feminino com início marcado para as 19:30 e arbitragem da croata Ivana Martinicic.
A equipa orientada por Filipa Patão procura alcançar a fase de grupos da competição pela segunda época consecutiva, após ter terminado em terceiro lugar o Grupo D na época passada, frente ao Lyon, Bayern Munique e BK Hacken.
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