O Benfica espera na Liga dos Campeões feminina de futebol, na quarta-feira, um Apollon Limassol que privilegia o jogo direto, com rapidez ofensiva, o que lhe vale até ao momento uma média de cinco golos por jogo.

“O Apollon, daquilo que nós sabemos, é uma equipa, primeiro de tudo, agressiva. É uma equipa que nos jogos que fez, nos jogos que disputou, marcou muitos golos”, começou por apontar a treinadora ‘encarnada’, Filipa Patão.

Na quarta-feira, Apollon Limassol e Benfica defrontam-se na primeira mão da segunda eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões feminina, competição em que o Benfica tenta estar pela terceira vez entre as 16 melhores da Europa.

Antes, o Benfica afastou o Cliftonville (8-1) e o SFK Riga (4-0), enquanto as campeãs cipriotas golearam as macedónias do Ljuboten (9-0) e ainda venceram as georgianas do FC Samegrelo (3-0).

Desempenhos, aliados a mais dois jogos no campeonato do Chipre, que deixa o adversário de quarta-feira com um registo de 20 golos marcados e nenhum sofrido, nos quatro jogos que já disputou esta época.

“É uma equipa que acaba por procurar muito um jogo mais direto. Procura muitas diagonais para os corredores laterais ou o ataque à profundidade. É uma equipa que é muito objetiva nesse capítulo”, analisou ainda a treinadora benfiquista.

Filipa Patão espera um oponente que não correrá riscos, apostado num jogo mais vertical e com menos posse de bola.

Para este embate, as tricampeãs nacionais continuam sem contar com Pauleta e Valéria, bem como com a reforço islandesa Svava Gudmundsdóttir, lesionada e com uma paragem prevista de quatro meses, além de Andreia Norton, com uma lesão muscular.

De regresso está Jéssica Silva, que falhou o arranque de época, também devido a lesão, mas que já foi opção no sábado, ao entrar no último quarto de hora para o lugar de Marta Cintra na visita ao Atlético Ouriense.

Para a ‘Champions’, persiste a dúvida se Filipa Patão manterá Marta Cintra, que marcou nos dois últimos jogos, ou se fará entrar Jéssica Silva, num cenário que a treinadora das ‘águias’ preferiu não esclarecer,

“Seja a Marta, seja a Jéssica, seja a Nicole, seja outra jogadora qualquer. Tenho a certeza absoluta que qualquer uma vai dar uma boa resposta”, adiantou a treinadora, colocando até a hipótese de as duas ‘coexistirem’ no 11 titular, numa frente de ataque que tem contado ainda com Kika Nazareth e Nicole Raysla.

Também Marta Cintra, presente hoje na conferência de antevisão, disse não saber se será ela a opção a titular, embora exista alguma confiança.

“Creio que sim, mas não posso dizer mais do que isso. Confiantes, estamos todas, mas a decisão não é nossa, não podemos fazer nada”, adiantou a avançada brasileira.

Em relação ao jogo, Marta Cintra disse ainda existirem dúvidas de como é que o Apollon vai entrar, mas garantiu estar convicta de que o Benfica está preparado “para o que ‘der e vier’” e “focado” no jogo, com o objetivo de chegar à fase de grupos.

Neste novo modelo, o Benfica conseguiu chegar a essa fase logo em 2021/22 (terceiro classificado num grupo com Lyon, Bayern Munique e Hacken) e, depois, em 2022/23 (terceiro num grupo com o campeão europeu FC Barcelona, Bayern Munique e Rosengard).

Na sua estreia, em 2020/21, sem existir fase de grupos, as ‘águias’ venceram as duas primeiras eliminatórias, derrotando o PAOK e o Anderlecht, e caíram nos 16 avos de final, diante do Chelsea.

O jogo de quarta-feira com o Apollon tem início marcado para as 16:00 horas locais (14:00 em Lisboa), no Estádio Tsirion, em Limassol, e terá arbitragem da cazaque Elvira Nurmustafina, estando a segunda mão agendada para 18 de outubro, no Seixal.