O selecionador Francisco Neto considerou hoje que a seleção portuguesa feminina de futebol está “confiante e ansiosa” para iniciar a Liga das Nações, em que terá como primeiro adversário a França, na sexta-feira, em Valenciennes.
“É um adversário poderoso, cheio de individualidades e que no Mundial mostrou essas qualidades. É uma equipa que sofre poucos golos e que não permite aos adversários muitas oportunidades”, disse Francisco Neto, na antevisão do jogo com a seleção gaulesa.
A França foi eliminada nos quartos de final do Mundial2023 pela coanfitriã Austrália, no desempate por penáltis (7-6), após ter vencido o Grupo F, que ditou a eliminação precoce do Brasil, enquanto Portugal terminou em terceiro o E, atrás dos Países Baixos e dos Estados Unidos.
Francisco Neto adiantou que Portugal vai tentar “manter a identidade” que apresentou no Mundial e demonstrar “capacidade para ter a bola, no campo adversário, e quando não a tiver procurar ser organizado e pressionar, não permitindo espaços”.
“Queremos ter bola no campo adversário e no meio das equipas contrárias. Amanhã [sexta-feira], queremos ter essa capacidade e essa audácia. A França é um adversário poderoso e cheio de individualidades”, considerou o selecionador português.
Francisco Neto lembra que a França é uma “equipa estável e sem grandes alterações”, com “processos simples, mas muito bem feitos”, o que a torna “uma equipa poderosa, que nunca se desequilibra”, pelo que a seleção portuguesa vai ter que ter “muito cuidado”.
O selecionador considerou a Liga das Nações "um espaço e uma oportunidade para trazer mais jogadoras" ao trabalho da seleção e "manter assim alargado o leque de opções, para depois decidir quais é que estão mais preparadas para estes desafios".
Por seu lado, a capitã Ana Borges admitiu "alguma ansiedade" no seio da equipa antes do início da primeira edição da prova, em que apontou como objetivo a permanência na Liga A, mesmo tendo consciência das dificuldades com que a seleção se irá deparar.
Para Ana Borges, o Mundial “já está para trás” e, para a estreia na nova prova, a ‘leoa’ acredita que se Portugal jogar ao seu nível, mesmo frente a uma seleção poderosa como a França, poderá criar muitas dificuldades e discutir o resultado.
“Queremos começar com o pé direito e vamos lutar por conquistar os três pontos, pois isso é bom para dar confiança à equipa. Temos que nos focar em nós e no nosso futebol”, disse Ana Borges, de 33 anos.
Para a jogadora, “a França é uma seleção forte coletiva e individualmente”, mas Portugal já demonstrou que joga “olhos nos olhos com qualquer adversário” e, se estiver ao seu nível, “vai criar dificuldades”.
Portugal está inserido no Grupo 2 da Liga A da Liga das Nações e na sexta-feira defronta a França, no Stade du Hainaut, na cidade de Valenciennes. Quatro dias depois, a equipa das ‘quinas’ recebe a Noruega, no Estádio Cidade de Barcelos.
Estes são os primeiros encontros da seleção nacional após a primeira participação num Campeonato do Mundo, na Austrália e na Nova Zelândia, onde Portugal foi afastado na fase de grupos.
A formação das ‘quinas’ entrou com um desaire por 1-0 face aos Países Baixos, depois venceu o Vietname por 2-0 e, a fechar, empatou a zero com os Estados Unidos, num jogo em que, sobre o final, Ana Capeta atirou uma bola ao ‘ferro’ - o triunfo valeria a Portugal um lugar nos oitavos de final.
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