O Famalicão refutou, em comunicado, as acusações de racismo em jogo com o Benfica, no encontro da Taça de Portugal em futebol feminino, entre ambas as equipas, que se realizou na passada quinta-feira.
O clube famalicense, que tem a seu cargo o futebol feminino (a SAD gere o futebol profissional masculino), explicou a presença de pessoas nas bancadas, quando o jogo foi realizado à porta fechada e esclareceu que foram cumpridas as normas da Direção-Geral da Saúde.
"A entrada de pessoas na Academia do FC Famalicão foi controlada de acordo com as recomendações da DGS, havendo lugar à devida credenciação das mesmas. Todas as pessoas presentes na bancada pertenciam a uma destas categorias: órgãos sociais, staff do clube, staff da FPF e comunicação social. Além do futebol feminino, vários atletas de escalões de formação fazem usufruto das estruturas da Academia e, por isso, o respeito pelas normas da DGS é e sempre foi a principal preocupação do clube em tempos de pandemia", pode ler-se no comunicado.
O Famalicão salientou ainda que "censurará sempre qualquer forma de racismo, violência ou desrespeito pelo outro".
"Antes pelo contrário, [o Famalicão] defende o futebol como universal que não distingue cores, raças ou géneros. Dos largos anos de história do clube, nunca se registaram manifestações deste cariz e, por esse motivo, não nos parece justo que estas acusações definam aquilo que é o FC Famalicão, os seus princípios e valores. Mais informamos que a situação já foi averiguada internamente não tendo havido reporte de qualquer ato racista contra a jogadora Christy Ucheibe”, refere o comunicado.
O clube refere que “a Academia FC Famalicão é a casa de mais de 500 atletas oriundos de diferentes cidades, países e continentes”.
“Além da componente futebolística, primamos por educar na cidadania, no respeito pelo outro e na inclusão. Só assim faz sentido formar no futebol", conclui o documento.
O Benfica referiu que a jogadora nigeriana Christy Ucheibe, titular na vitória por 2-1 em Vila Nova de Famalicão e que valeu às ‘águias’ a passagem à final da competição, foi alvo de "manifestações racistas" vindas da bancada.
O clube da Luz estranhou ainda aquilo que considera um número elevado de pessoas nas bancadas, quando o futebol se disputa à porta fechada e num dia em que o primeiro-ministro, António Costa, anunciou o regresso à situação de calamidade, devido à pandemia da covid-19.
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