Em declarações à comunicação social no centro de estágio do clube da Luz, no Seixal, André Vale vincou que a qualificação para a ‘liga milionária’ já era um objetivo no futebol masculino e que, agora, “não é diferente” para a equipa comandada por Filipa Patão.
“Não podemos desprezar, é como na Liga dos Campeões masculina, em que era um objetivo extremamente importante entrar na fase de grupos. É um jogo em que devemos assumir todos essa responsabilidade. Tenho a certeza de que do outro lado querem tanto como nós aceder a esta fase de grupos e, portanto, vai depender de quem tiver mais vontade e sangue, suor e lágrimas”, afirmou.
Sem deixar de realçar a importância de contar com o público nas bancadas para apoiar as ‘encarnadas’, algo que já se registou nos Países Baixos, no empate (1-1) da primeira mão, que tornou o jogo “muito interessante”, num “estádio bem composto”, segundo o técnico adjunto do Benfica. Ato contínuo, manifestou a expectativa de contar com um “grande apoio” perante um adversário complicado.
“[O primeiro jogo] opôs duas equipas com ideias diferentes, mas muito fortes ao nível tático, que percebem o que é que estão a fazer e isso privilegiou muito o jogo. Foi um jogo de qualidade, em que nós saímos em vantagem, podíamos ter ganhado, mas, infelizmente, não conseguimos concretizar as oportunidades que tivemos - que é uma coisa que temos de começar a fazer – e, portanto, a eliminatória vem em aberto para aqui”, resumiu.
Instado a fazer uma análise sobre o conjunto holandês, André Vale destacou a rapidez e capacidade de leitura de jogo da equipa técnica holandesa, que demonstrou ser “bastante adaptável” às exigências dos desafios.
“A realidade é que no jogo que observámos este fim de semana com o Ajax notámos alguns comportamentos interessantes de adaptação da parte deles”, observou, continuando: “Esperamos claramente que seja um treinador que vem aqui lutar pelo jogo, porque entende também a importância do jogo, e que isso crie um duelo tático interessante, o que só privilegia a qualidade do futebol”.
Paralelamente, o técnico adjunto da equipa de futebol feminino do Benfica admitiu o trabalho focado na melhoria de aspetos relacionados com a finalização, aspeto no qual as ‘encarnadas’ mostraram falta de eficácia na primeira mão, e enfatizou a disponibilidade mental das jogadoras para um jogo desta importância para o setor feminino, uma vez que a entrada na fase de grupos da ‘Champions’ poderá render cerca de 400 mil euros.
“Os jogadores profissionais têm de estar habituados a estes momentos. Um jogador profissional, tal como um treinador, tem de estar mais preparado para a adversidade do que para o sucesso. Todos temos de saber como lidamos com isso e lidamos muito bem com isso. Aprendemos o que tínhamos a aprender e não se irão notar os mesmos tipos de erros neste jogo ou faremos o máximo para que isso não se note”, sentenciou.
Já a guarda-redes brasileira Letícia garantiu que o plantel teve “tempo para corrigir alguns erros”, apesar da “boa primeira partida” nos Países Baixos, e expressou a ambição de ver a equipa aproveitar melhor as oportunidades de golo.
“Estamos a preparar-nos para um Twente que pode pressionar-nos, mas também ‘marcar baixo’. Temos de estar preparadas para os dois cenários no jogo e saber lidar com ambos”, salientou, acrescentando que a equipa quer crescer neste tipo de decisões: “Sempre ‘torcemos’ para chegar a estes momentos e estes jogos importantes. Acredito que a equipa está preparada mentalmente para este tipo de jogos, porque são jogos que queremos estar acostumadas a jogar”.
O desafio entre o Benfica e o Twente, referente à segunda mão dos ‘play-off’ de acesso à Liga dos Campeões de futebol feminino, está marcado para esta quinta-feira, às 19:00, no campo 1 do Centro de Estágio do Seixal.
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