A capitão da seleção feminina de futebol de Portugal, Dolores Silva, diz que o grupo está entusiasmado depois do que conseguiu no Mundial de Futebol, mas garante que não há deslumbramentos.
Sobre as ambições da equipa em vésperas da estreia em mais uma competição, a Liga das Nações, Dolores não hesita e afirma que ainda há história para se escrever no futebol feminino.
“Estamos com os pés assentes na terra, conscientes das nossas potencialidades e que temos muito para melhorar. Temos vindo a conquistar coisas bonitas e é por aí que queremos continuar. O nosso foco é trabalhar para as gerações futuras e vamos entrar para dar o nosso melhor e conquistar três pontos a cada jogo”, garantiu a jogadora do Sporting de Braga.
A portuguesa garante que a motivação no grupo se mantém elevada, mesmo depois do pico com o Mundial de futebol.
“Estamos muito felizes por poder estar presentes em mais uma convocatória, numa competição diferente e em que vamos participar também pela primeira vez. Estamos muito motivadas pelo que temos vindo a fazer, pelo Mundial e pela nossa participação, e estamos focadas nesta nova competição”, disse aos jornalistas.
Sobre a responsabilidade de vestir a camisola das ‘quinas’ depois da prestação na prova que decorreu na Austrália e Nova Zelândia, a jogadora portuguesa garante que nada mudou.
“A responsabilidade de representar Portugal é sempre grande e é de altíssima exigência. Foi um momento para a história do futebol em Portugal. A forma como nos apresentámos foi muito importante para as aspirações de continuar a evoluir o futebol feminino, mas agora temos de dar continuidade e continuar a elevar o nome de Portugal e o nosso futebol”, sublinhou.
Em relação à França, primeira adversária de Portugal no Grupo 2 da Liga das Nações, Dolores lembrou que “é uma equipa muito poderosa, que esteve bem no Mundial”, mas frisou que as jogadoras lusas continuam ansiosas por “jogar contra as melhores”.
O grupo de convocadas do selecionador português, Francisco Neto, apresenta algumas ‘caras novas’ e Dolores Silva considera que é um processo natural, garantindo que todas as jogadoras serão bem recebidas.
“As escolhas são do professor Francisco. A nós, mais velhas, cabe-nos tentar fazer com que toda a gente que aqui passa se sinta bem e se possa sentir integrado para estar a 100 por cento para representar Portugal”, concluiu.
Portugal está inserido no Grupo 2 da Liga A e na sexta-feira defronta a França, no Stade du Hainaut, na cidade de Valenciennes. Quatro dias depois, a equipa das ‘quinas’ recebe a Noruega, no Estádio Cidade de Barcelos.
Estes serão os primeiros encontros da seleção nacional após a primeira participação num Campeonato do Mundo, na Austrália e na Nova Zelândia, onde Portugal foi afastado na fase de grupos.
A formação das ‘quinas’ entrou com um desaire por 1-0 face aos Países Baixos, depois venceu o Vietname por 2-0 e, a fechar, empatou a zero com os Estados Unidos, num jogo em que, sobre o final, Ana Capeta atirou uma bola ao ‘ferro’ - o triunfo valeria a Portugal um lugar nos oitavos de final.
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