A decisão tomada sexta-feira pelo Supremo Tribunal dos Estados Unidos de eliminar o direito constitucional ao aborto, continua a ser alvo de forte contestação também no mundo do desporto.
A mais recente voz a levantar-se contra essa decisão foi Megan Rapinoe, capitã da seleção feminina de futebol dos Estados Unidos, sublinhando que a mesma vai afetar as mulheres de forma desproporcionada.
"Sou uma mulher cisgénero, rica, branca e que vive numa das cidades mais progressistas do Mundo. Nem todos contam com isto. Sabemos que é algo que afetará de forma desproporcionada mulheres pobres, afro-americanas, imigrantes, mulheres com relações violentas, que já foram violadas, mulheres e meninas que foram violadas por membros das suas próprias famílias ou que simplesmente não tomaram as melhores decisões", apontou numa conferência de imprensa.
"Sabemos que a proibição do aborto não evita o aborto, mas sim que impede que haja abortos seguros. Não consigo descrever a tristeza e crueldade disto. Acredito que a crueldade seja o ponto chave, porque isto não é a favor da vida", acrescentou.
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