O Boavista abdicou de competir na próxima edição da Liga feminina para redobrar a aposta nas camadas jovens, explicaram hoje os ‘axadrezados’, que terminaram a última época no segundo lugar da Série Norte da fase de manutenção.
“O regresso às origens com a aposta na formação é o caminho que se segue, pois entende-se que só assim será possível criar as condições que permitam ao Boavista voltar a lutar no futuro pelos títulos que já conquistou no passado. Nesse sentido, o Boavista informa que decidiu não inscrever a equipa feminina de futebol na I Liga de 2021/22, passando a competir apenas nos escalões de formação”, lê-se em comunicado publicado no sítio oficial na Internet do clube campeão em 1993/94, 1994/95 e 1996/97.
Na segunda-feira, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) deu conta da avaliação dos processos de licenciamento para o escalão principal de futebol feminino, que vai ser reduzido de 20 para 16 clubes, confirmando a troca do Boavista pelo Varzim, que perdeu com o Vilaverdense (5-0 nas duas mãos), nas meias-finais do ‘play-off’ da II Liga.
“A dificuldade em competir neste momento com adversários que têm orçamentos desajustados à realidade, mesmo se o trabalho desenvolvido tenha sido sempre pautado pela excelência, obriga o Boavista a dar um passo atrás para poder dar dois à frente num futuro próximo”, frisam os portuenses, que venceram a Taça de Portugal, em 2012/13.
A “profunda reestruturação” do projeto da equipa de futebol feminino do Boavista visa “garantir a sua sustentabilidade a médio/longo prazo”, sem deixar de “criar as condições para que o regresso aos sucessos do passado possa acontecer o mais rápido possível”.
Os ‘axadrezados’ tinham regressado esta época ao escalão principal e ficaram na sétima posição da fase regular da Série Norte, com nove pontos, antes de seguirem para uma ‘poule’ de manutenção, na qual somaram 22 pontos e se livraram do ‘play-off’ devido à vantagem no confronto direto e aos quatro golos de diferença sobre o Gil Vicente.
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