Esta quinta-feira foi para o ar em Espanha um documentário sobre a seleção feminina, realizada pela RTVE, a empresa pública estatal de audiovisuais de Espanha.
O documentário 'Seleção F, de clandestinas a campeãs', aborda a evolução da seleção feminina de futebol de Espanha até ao título mundial, conquistado em 2023 na Austrália.
Foram entrevistadas antigas jogadoras que relataram o calvário que viveram sob os comandados do antigo selecionador Ignacio Quereda, que orientou a equipa espanhola de 1988 a 2015. Nesses 27 anos, as jogadoras sofreram e muito nas mãos do técnico.
"Se as coisas não saíam como ele queria, eram só gritos. Era uma pessoa déspota. A autoestima da jogadora diminuía e, consequentemente, o seu desempenho", revelou Natalia Pablos, antiga jogadora de futebol da seleção espanhola.
Mar Prieto, outra das antigas jogadoras, revelou que o selecionador tinha carta branca na sua gestão. "Não sofria represálias de ninguém, geria o futebol feminino como queria. Quem o confrontasse ficava de fora", revelou a jogadora, contando um episódio desagradável que viveu com o Ignacio Quereda
'"Não podes vir para a seleção assim, gorda. Tens de emagrecer. Nem correr consegues. A ti, o que te falta é uma malagueta nesse rabo"', terá dito o antigo selecionador a Mar Prieto.
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