O príncipe William, presidente da Federação Inglesa de Futebol (FA), apelou hoje a uma reforma da FIFA para que o organismo “possa colocar o desporto em primeiro lugar e agir com ‘fair-play’”.
William, que assistiu à final da Taça de Inglaterra na qual o Arsenal derrotou o Aston Villa por 4-0, pediu aos patrocinadores que pressionem a FIFA a levar a cabo algumas reformas, na sequência dos alegados escândalos de corrupção que têm marcado os últimos dias.
“Todos os que suportam a FIFA, entre os quais os patrocinadores e as confederações, devem fazer o seu trabalho e pressionar para que sejam feitas reformas. Não estaremos a ajudar o futebol se não o fizermos”, disse, antes da final da Taça de Inglaterra.
O herdeiro da coroa britânica, comparou a última semana da FIFA com o escândalo vivido em 1998 quando um membro do Comité Olímpico Internacional (COI) revelou que vários membros do organismo tinham recebido subornos para votarem na candidatura de Salt Lake City aos Jogos Olímpicos de Inverno 2002.
“Os acontecimentos vividos em Zurique esta semana representam o momento Salt Lake City da FIFA”, disse, acrescentando: “A FIFA tal como o COI deve mostrar que representa o ´fair-play’ e colocar o desporto em primeiro plano”.
Na última semana a FIFA foi abalada por um escândalo de alegada corrupção, desencadeado por uma investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que levou à suspensão provisória de 11 dirigentes do organismo.
Na sexta-feira, Blatter foi reeleito para um quinto mandato como presidente da FIFA, até 2018, ao vencer o jordano Ali bin al Hussein, num sufrágio realizado no 65.º Congresso do organismo que tutela o futebol mundial.
Um dia antes, o presidente da UEFA, o francês Michel Platini, pediu a demissão de Blatter, manifestando-se “enojado e desiludido” com o escândalo de corrupção que envolve a FIFA e garantiu que a maioria das associações europeias iria votar em Ali bin Al-Hussein.
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