A guarda-redes Inês Pereira disse hoje que a evolução da seleção feminina de futebol decorre de forma favorável "independentemente do resultado", na preparação para a participação no Campeonato da Europa, em Inglaterra.
"Senti-me muito bem, tenho vindo a trabalhar bem e todas temos vindo a trabalhar nesse sentido. Como referi no pós-jogo, fizemos três jogos em que todas jogaram e Portugal teve competência nos três", sublinhou a guarda-redes, que, na terça-feira, cumpriu a totalidade do jogo de preparação frente à Austrália, realizado no Estoril e que terminou com empate 1-1.
Portugal realizou uma boa prestação perante um forte adversário e Inês Pereira atribuiu esse facto ao crescimento qualitativo que há algum tempo se verifica no grupo de trabalho: "Não fico surpreendida pelo jogo, porque somos uma seleção que tem vindo a crescer muito, já conseguimos fazer frente a qualquer seleção e a Austrália foi uma delas".
A guarda-redes mostrou-se motivada pela boa prestação de Portugal no jogo com a Austrália, o terceiro e último jogo de preparação para a equipa lusa, que se encontra em estágio na Cidade do Futebol até 03 de julho, dia em que a comitiva portuguesa partirá para Inglaterra para disputar o Euro2022.
A competição irá realizar-se entre 06 e 31 de julho e Portugal, que foi chamado a substituir a excluída Rússia, integra o grupo C, juntamente com Suíça (que defronta em 09 de julho), Países Baixos (13) e Suécia (17). Com o Europeu em vista, Inês Pereira destacou a qualidade das exibições da equipa e a progressão verificada desde o início do estágio.
"Felizmente, os resultados foram positivos, mas também as exibições foram muito positivas e isso é o mais importante, independentemente do resultado", avaliou a guardiã, que valorizou a prestação coletiva da equipa, mesmo tendo sofrido um golo já no terceiro jogo de preparação, perante a Austrália.
Apesar de Portugal não ter conseguido evitar esse golo, que impossibilitou a equipa de terminar o estágio de preparação com a 'folha limpa', Inês Pereira considera que esse momento faz também parte do trabalho que a equipa está a realizar.
"Penso que faz parte, o lance em que elas fazem o seu golo é dos momentos em que elas eram mais perigosas e infelizmente sofremos esse golo, mas isso não abala", garantiu a guarda-redes.
Inês Pereira congratulou-se ainda com a consistência defensiva que a equipa tem patenteado neste período de preparação: "Uma equipa que não sofre golos está mais perto de ganhar e, defensivamente, estamos também muito sólidas", atestou.
A guarda-redes é uma das maiores conhecedoras sobre a Suíça, o primeiro adversário que Portugal irá encontrar no Europeu, uma vez que milita no Servette, um dos principais clubes desse país, ha cerca de um ano.
"Sinceramente, não acompanhava muito o futebol feminino na Suíça. Por isso, pelo que tenho visto até agora, a Suíça é uma seleção que vai criar-nos outro tipo de problemas em relação ao que a Grécia e a Austrália nos criaram, mas não consigo falar abertamente", declarou.
Quando Portugal defrontar a Suíça, Inês Pereira irá reencontrar uma colega de clube, Sandy Mändly, uma das figuras do Servette e mais experientes jogadoras helvéticas. Porém, a guardiã lusa garante que a amizade entre ambas permanecerá fora do relvado.
"Temos uma grande amizade e vai ser muito bom vê-la no Euro. Espero que ganhemos à Suíça para conseguir também festejar na cara dela, digamos assim", afirmou, entre risos.
Antes, a seleção nacional feminina realizou mais um treino com todas as jogadoras convocadas com exceção de Jéssica Silva, que se ausentou para realizar um exame de diagnóstico no seguimento de ter saído fisicamente condicionada do jogo realizado na véspera. Seguem-se dois dias de folga e o regresso à concentração está marcado para o final da manhã deste sábado.
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