A futebolista internacional norte-americana Hope Solo considerou hoje existir um longo caminho a percorrer em matéria de igualdade de género no futebol, numa visita em Lisboa ao Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF).
A guarda-redes norte-americana, que conta com 202 internacionalizações, encontra-se em Lisboa a participar na Web Summit, tendo sido acompanhada nesta visita por Carla Couto, antiga internacional portuguesa e atual embaixadora e delegada do SJPF para o futebol feminino.
"O futebol feminino tem vindo a crescer, mas não tão rápido como desejaria. Portugal é um dos exemplos positivos da evolução da modalidade, mas ainda existe uma desigualdade de género um pouco por todo o mundo. Muitos países, por exemplo, ainda não conseguiram ter futebol feminino profissional", afirmou em declarações ao SJFP.
Para a guarda-redes, a melhor forma de combater essa desigualdade passa por uma "mudança de mentalidade", através do "trabalho conjunto entre clubes, federações e sindicatos", com as futebolistas a necessitarem de "provar que existe muita qualidade e talento no futebol feminino em todo o mundo".
A futebolista, que foi homenageada pelo SJPF como reconhecimento pela carreira desportiva e papel desempenhado na elevação da modalidade, aproveitou o momento para incentivar as jogadoras portuguesas, admitindo que "gostaria muito que Portugal conseguisse a qualificação para um Campeonato do Mundo e também para os Jogos Olímpicos".
Atualmente ao serviço da equipa francesa do Lyon, Hope Solo encontra-se afastada da seleção norte-americana, na sequência das declarações que prestou a seguir à derrota com a Suécia, em que contestou a ‘atitude’ defensiva do adversário nos quartos de final dos Jogos Olímpicos Rio2016.
Ao serviço da seleção, Solo sagrou-se campeã do mundo, em 2015, no Canadá, e bicampeã olímpica, em Pequim2008 e Londres2012.
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