A futebolista internacional portuguesa Dolores Silva confia no êxito da seleção rumo ao Euro2022 de Inglaterra, seja com apuramento direto frente à Finlândia em Helsínquia ou através do ‘play-off’.
"É motivador saber que se ganharmos ficamos automaticamente apuradas para o Europeu. Mas também sabemos que há outro jogo e que o 'play-off' já está garantido. Por isso, se as coisas não correrem como desejamos na Finlândia, o sonho não acabará ali”, disse.
Quadro dias depois, em 23 de fevereiro, Portugal, que tem os mesmos 16 pontos das nórdicas em seis desafios, concluiu o grupo E em partida com Escócia.
"O Euro de Inglaterra é mais um sonho que gostava de cumprir. Nós somos o espelho de todo um trabalho desenvolvido no futebol feminino em Portugal. Somos o espelho do crescimento da modalidade no nosso país”, vincou.
Bélgica, Dinamarca, Alemanha, França, Islândia, Países Baixos, campeã em título, Noruega, Suécia e a anfitriã Inglaterra já estão apuradas, enquanto Irlanda do Norte, Rússia e Ucrânia vão aos ‘play-offs’: Portugal e Finlândia, Polónia e Espanha têm possibilidade de se qualificarem no primeiro lugar dos respetivos grupos.
“Representamos várias gerações de jogadoras: as que tentaram chegar a este patamar e as que estão por vir. Queremos servir de exemplo e de inspiração para as futuras gerações. Queremos voltar ao Europeu não só por nós, mas sobretudo pelo futebol feminino português”, reforçou a atleta do Sporting de Braga.
Dolores Silva espera uma Finlândia "muito agressiva e disposta a dar tudo para ajustar contas com o passado", depois de Portugal as ter superado na qualificação de 2017. "Vão apresentar-se fortes, à procura de nos derrotarem e de se qualificarem logo, que é exatamente o que queremos fazer”, completou.
A atleta desdramatizou o facto de Portugal ir, muito provavelmente, jogar sob temperaturas abaixo de zero, apesar de admitir que esse facto é “mais uma adversidade”.
“Temos de agarrar a nossa identidade e caráter coletivo da nossa equipa para nos adaptar-nos depressa. Nas seis épocas que passei na Alemanha, joguei em temperaturas negativas e até com neve. Estranha-se ao princípio, mas é possível a adaptação e passa muito pela preparação mental. Hoje temos meios para aquecer depressa", serenou.
A internacional AA em 118 ocasiões recordou a “sensação agridoce” do desafio da primeira volta, em Portugal, quando a Finlândia empatou já perto do fim, num encontro em que considera que as lusas mostraram “muito mais futebol”.
A seleção dirigida por Francisco Neto continua a trabalhar em Lagos.
Apuram-se para a fase final os vencedores de cada grupo mais os três melhores segundos classificados. Os restantes segundos vão disputar um ‘play-off’.
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