O selecionador de futebol da Dinamarca, Kasper Hjulmand, criticou hoje a UEFA por não ter fornecido vacinas às seleções participantes no Euro2020, que começa na sexta-feira, a exemplo do que fez o Comité Olímpico Internacional (COI).
“A maioria dos países [europeus] tem os grupos de risco já vacinados. Ninguém quer uma vacina de alguém que precisa mais, mas não estamos nessa situação. Esperava [da UEFA] o mesmo do COI [para os Jogos Olímpicos Tóquio2020]”, lamentou Hjulmand em conferência de imprensa.
Hjulmand, que já tinha criticado a UEFA a respeito das vacinas, referia-se aos testes positivos detetados nas seleções de Espanha e da Suécia, que se defrontam na segunda-feira, em Sevilha (grupo E), e manifestou receio que a situação possa evoluir.
“Estou receoso que vá piorar. Estou preocupado com os suecos e com os espanhóis se as infeções continuarem a ocorrer. Seria uma pena. Queremos um Campeonato da Europa onde os melhores estão nas melhores condições e possam jogar pelas suas seleções”, disse.
Ainda de acordo com o selecionador dinamarquês, o que aconteceu com estas seleções é um alerta do quão “frágil” está a situação, que a pandemia de covid-19 não acabou e que o sistema de "bolhas" (concentração sem contactos) é “a coisa certa a fazer”.
Impedir que um jogador seja infetado durante o Euro2020 com o novo coronavírus é tão importante que Kasper Hjulmand considera-o como fazendo parte da competição e um elemento suplementar a ter em conta para a fase final da competição.
A Dinamarca, como a maioria dos países que compete no torneio, recusou vacinar os seus jogadores antes de sua faixa etária, embora alguns já tenham sido vacinados nos países onde competem com seus respetivos clubes.
No caso de Portugal, que defende o título no Euro2020, numa primeira fase integrado no grupo F, com as seleções da França, Alemanha e Hungria, a grande maioria da comitiva lusa já foi vacinada contra a covid-19, ao abrigo de um regime de exceção.
A seleção dinamarquesa integra o grupo B do Euro2020, que foi adiado para este ano devido à pandemia de covid-19, e decorre em 11 cidades de 11 países diferentes, entre sexta-feira e 11 de julho, com as seleções da Bélgica, Finlândia e Rússia.
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