Marcelo Rebelo de Sousa marcou presença na Cidade do Futebol onde foi recebido pela comitiva da Seleção Portuguesa de Futebol, após o afastamento dos campeões europeus do Euro2020. O presidente da República mostrou o seu apoio, dizendo aos jogadores que faltou sorte frente a Bélgica.
"Desde que sou Presidente da República assisti à nossa vitória no Euro [de 2016] e assisti a não termos vencido no Mundial [de 2018]. Para este ano tínhamos duas tarefas: o Europeu [de 2020] e o Mundial [de 2022]. Chamei logo ao nosso grupo do Europeu o grupo da morte e a prova disso é que no último jogo, o decisivo, nós estivemos sucessivamente em primeiro, segundo, terceiro e quarto. Andámos para cima e para baixo. Tínhamos de jogar com duas das equipas nas suas casas. E o outro era o campeão do Mundo. O facto é que nesse grupo da morte e até ao último minuto desse jogo com a França, mostrámos que éramos tão bons como o campeão do Mundo, senão melhores. O que nos saiu a seguir? O número 1 do ranking mundial. E ontem mostrámos ser melhores do que o número 1 do ranking mundial. Jogámos mais do que eles", elogiou Marcelo Rebelo de Sousa.
Na conversa com os jogadores, o Presidente da República deixou rasgados elogios ao trabalho dos atletas na promoção do nome de Portugal e diz sentir-se orgulhoso pela forma como os atletas defenderam o nome do país no Euro2020.
"Vocês são os mais conhecidos embaixadores de Portugal no Mundo. São mais conhecidos que o Presidente da República, que o Primeiro Ministro, que os ministros mais conhecidos, cientistas e empresários. Ontem senti-me orgulhoso de ser Presidente de Portugal, porque mostrámos que somos verdadeiramente dos melhores. Depois podemos ganhar ou não, ter ou não sorte. Com a Hungria tivemos uma ponta de sorte e ontem não. Há noites assim. Aconteceu-me como presidente, como professor e como aluno", disse Marcelo.
"Temos agora uma segunda tarefa que é o Mundial. Não deu o Euro mas temos o Mundial. A luta continua. Queria dar-vos conta do meu orgulho de ter no meu país uma das melhores equipas que há no Mundo, depois agradecer-vos por terem passado o grupo da morte e depois pela forma como enfrentaram o número 1 do ranking. Todos os portugueses, que eu represento, queremos dizer-vos que podem contar com o nosso apoio até ao Mundial do Qatar. Fizemos o que devíamos fazer e bem feito até ao fim, mas não deu. Há dias assim", finalizou.
Fernando Gomes, presidente da FPF, deu as boas-vindas à comitiva, admitindo que o “momento é triste”, mas assumindo um “enorme orgulho” no grupo de trabalho, que “lutou com todas forças para alcançar os objetivos” e deixou uma garantia: “Tudo faremos para estar presentes no Mundial do Qatar para mostrar que somos uma potência do futebol mundial”.
Na fase de grupos, Portugal venceu a Hungria, por 3-0, foi derrotado para Alemanha por 4-2, e empatou com a França a duas bolas.
A seleção portuguesa de futebol chegou esta segunda-feira em silêncio a Lisboa, pouco antes do meio-dia, com a comitiva a sair em grupo do aeroporto, com destino à Cidade do Futebol.
Alguns minutos antes do previsto, os jogadores convocados, o selecionador Fernando Santos e os restantes elementos da comitiva saíram do aeroporto quase diretamente para o autocarro que os esperava.
A seleção portuguesa, que defendia o título europeu, despediu-se no domingo do Euro2020, ao perder nos oitavos de final com a Bélgica, por 1-0, com um golo do médio Thorgan Hazard, aos 42 minutos.
À chegada foi criado um perímetro de segurança, mas mesmo assim foram alguns os adeptos a saudarem, à distância, os jogadores, entre os quais o avançado Cristiano Ronaldo e o médio Renato Sanches, muito aplaudidos.
Do aeroporto, a seleção seguiu para a Cidade do Futebol, em Oeiras, sede da Federação Portuguesa de Futebol, num percurso que tem escolta policial.
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