Roberto Martinez marcou presença na sala de imprensa do Volksparkstadion em Hamburgo, palco do Portugal-França, dos quartos de final do Euro 2024, para responder às questões dos jornalistas sobre o duelo com os franceses.
Disse que sonhou que ia eliminar a Eslovénia: "Há momentos que são para o grupo mas que podemos partilhar no futuro. Estava a partilhar muitos momentos com o Humberto Coelho e acho que é uma história para o futuro. Gostaria de manter o que aconteceu com os jogadores para continuar o caminho. Precisamos de uma nova história, mas no futuro posso partilhar o que aconteceu".
Portugal é uma equipa previsível? "Importante é mostrar sincronização e conhecimento. O ser previsível, todas as equipas o são, mas o importante é como se executa o talento. Tivemos quatro jogos, 30 treinos, agora estamos preparados, focados para dentro do balneário, com muita autocrítica, para melhorar, mas o estilo é claro. E não precisamos de mudar de jogo a jogo, para tentar ser imprevisível. Faz parte do que queremos ser."
Críticas ao jogo de Portugal: "As críticas fazem parte do meu trabalho mas tenho informação, critério, sobre o que preparámos, muitos dados para tomar decisões. Mas as críticas fazem parte. Em um ano e meio, as críticas mostram a paixão pela Seleção e aceito isso. Temos jogadores muito importantes, mas também competitividade no balneário, eu vejo isso. Tivemos um apuramento com 10 vitórias e tive críticas. O foco para mim não é ouvir críticas, os comentários, mas é fazer com que o desempenho amanhã seja o melhor possível. É isso que posso prometer aos adeptos".
Ideia de jogo de Portugal: "O jogos são muito competitivos neste torneio, os adversários também trabalham bem. Não concordo que não arriscamos, somos a que mais arrisca, chegadas, remates... O golo é diferente, é consequência de chegar no último terço... Isso são as estatísticas, não a minha opinião. Mas queremos melhorar. Com a Turquia foi muito bom. É uma equipa que está nos quartos de final. Há uma mistura de coisas bem feitas, para manter, e outras que precisamos de melhorar. Mas não concordo que não arrisque, que não tenha personalidade no último terço. Tivemos 36 cantos, só a Alemanha teve mais. Há muitos dados que mostram o risco e a chegada, que queremos utilizar o talento para ganhar jogos. Mas precisamos de marcar mais."
Quem decide quem deve marcar os livres? "Passa pelos jogadores em campo. Praticam isso no treino, o Cristiano Ronaldo e o Bruno Fernandes, os dois que têm a responsabilidade. Umas vezes é o perfil, a posição, o momento. Temos a sorte de ter dois jogadores de grande nível nos livres."
Quem jogava melhor, a seleção de 2016 ou esta? "Não gosto de comparar gerações, porque é muito subjetivo. Mas 2016 foi um momento incrível, todos falámos do que significa jogar pela seleção. Isso mostra a preparação do Eder, para estar preparado no momento. E a oportunidade de criar memórias. Não gosto de comparar. Esta geração tem o seu caminho e espero que possa motivar as do futuro."
Quem pode ser o Eder amanhã frente a França? "Os 23 jogadores estão preparados. Todos tiveram minutos, estão a trabalhar muito bem. Não é uma questão de qualidade, mas psicológica".
Elogios a João Palhinha: "É um jogador muito importante porque dá equilíbrio. Trabalha bem com e sem bola, recupera. É daqueles jogadores que todos os treinadores valorizam muito, mas há jogadores que não têm a mesma respeito desde fora. Para nós o João é muito importante pelo equilíbrio que dá à equipa".
Fernando Santos disse uma vez que jogar bem não é jogar bonito. Concorda? "Gosto de avaliar os torneios no final. Claro que gosto de jogar bem, bonito e marcar muitos golos mas a perfeição não existe. Lutamos para mostrar o máximo nível. Quando jogamos bonito, jogamos melhor e, quando assim é, temos mais opções para ganhar."
O Portugal-França, dos quartos de final do Euro2024, está agendado para sexta-feira, com início marcado para as 21h00 locais (20h00 em Lisboa), no Volksparkstadion, e terá arbitragem do inglês Michael Oliver.
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