João Félix fez, esta terça-feira, a antevisão ao último jogo da fase de grupos do Campeonato da Europa, frente à Geórgia.
Notícias de que está triste ou desiludido por ainda não ter minutos "Eu vi essa notícia, porque chegou ao meu irmão e ele mandou-me, porque eu não vejo. Claramente é mentira. Se não, não estava aqui. É só mais uma falta de respeito para com o meu nome e foi também para com o nome do míster, e da seleção em geral".
O que falta na sua carreira para ser mais regular? "Sinceramente é difícil responder a essa pergunta. Tento fazer o meu melhor como venho dizendo ao longo dos anos. Trabalho sempre para estar ao melhor nível e ajudar a equipa. Eventualmente, em algumas situações as coisas não têm corrido bem. Mas, nunca me vão ver baixar os braços e seguramente ainda me vão ver triunfar, tal como sempre pensaram desde o início, desde que apareci no Benfica. Os melhores momentos ainda vão chegar".
Como é que lida com o facto de ainda não ter qualquer minuto? "Lido bem. Infelizmente ou felizmente, pelos clubes que já passei já me tocou essa situação de não jogar algumas vezes. Como digo felizmente ou infelizmente isso fez-me bem para saber reagir a essas situações. Estou cá, sou mais um e sempre que precisarem, a seleção, o mister e os meus companheiros, vou lá estar para ajudar no que puder".
Por norma o jogador que vem à conferência é titular. Tem o feeling que amanhã vai estar no onze? "Cuidado, que já houve vezes que isso não aconteceu [risos]. Não quero lançar já os foguetes antes da festa, mas acho que sim... acho que o mister vai fazer algumas mudanças. E sim, espero estar no onze para poder ajudar a seleção".
Como se sente? Como se sentiram ao saber que Itália não vai ser o adversário de Portugal nos oitavos "Bem, sinto-me bem. Sim, sabíamos dessa possibilidade de defrontar a Itália. Vi o primeiro golo da Croácia e a verdade é que não vi o golo da Itália, porque na verdade como tinha passado para o tempo de compensação fui jogar às cartas com os meus companheiros e não vi o golo, só depois. Nem dei conta que Itália tinha marcado".
A pressão e as grandes expectativas que colocaram ao longo da carreira "Claramente que me sinto mais maturo para lidar com o alarido, cada dia me sinto mais preparado para todo o tipo de coisa que se diz, que se fala e que grande parte não são verdade... e que, por vezes, colocam o meu profissionalismo e a paixão pelo jogo em causa. Sinceramente, já há poucas coisas que me deixam chateado sobre o que dizem, do que falam e do que escrevem. O que me deixa, sim chateado são coisas que são mentira e que inventam, comofoi esta história de ter pressionado e discutido com o míster. Acho isso ridículo. Essas situações, sim, deixam-me chateado e triste. Lá está ao longo da carreira, vamos apanhando pessoas que nos querem bem e muitas mais que nos querem mal, infelizmente no mundo do futebol e na vida há muitas pessoas assim. E é essas pessoas que não gosto e desprezo".
Abandonou o relvado pouco antes do fim do jogo com a Turquia "Fui à casa de banho. Quer que diga o que é que fiz?".
Sente que mudou algo no voto de confiança de Martínez e se o selecionador explicou a razão pela falta de minutos "A confiança que tenho nele e que ele tem em mim é a mesma. Como disse: toca a todos em algumas fases da carreira jogar mais ou menos. Optou por não me colocar nestes dois jogos e só tenho de respeitar a decisão. É o treinador é ele que decide. Já falei com ele e ele fez questão de falar comigo e deixamos claro que a confiança é a 100% tanto a minha nele, como ele em mim. Disse-lhe que quando precisasse de mim, aqui estarei para ajudar o país, a ele e à equipa".
Sente que é um momento decisivo para dar uma resposta positiva e mostrar que não é só um suplente "Não acho que seja o momento chave, acho que é mais um momento... As coisas não se definem num só jogo, em dez minutos ou em meia hora. Acho que é o acumular de jogos, mas claramente que, sim, amanhã é um jogo importante, porque é um jogo do Campeonato da Europa e todas as pessoas vão estar a ver, é um palco especial. Claramente vai ser um jogo importante, um jogo bom e espero lá estar para ajudar".
Jogadores que por norma não são titulares podem fazer grandes jogos para reclamar o lugar, caso de Sérgio Conceição em 2000 "Todos os 26 jogadores que estão convocados têm lugar no onze e estão a lugar por um lugar. Cabe ao míster escolher quem está melhor ou quem ele acha que vai responder melhor no jogo. Tanto para mim, como para todos os que podem vir a jogar amanhã, é uma boa oportunidade para mostrar que podem contar connosco, que podemos estar no onze e que cá estamos para ajudar e para fazer bem. Portanto, é uma boa oportunidade para todos amanhã".
O que sabe da Geórgia e o que espera amanhã? "Sabemos dos pontos fortes da Geórgia. Estudámos, vimos vídeos. Sabemos o que fazem bem e mal. Vamos procurar as fragilidades deles e estar atentos à qualidade que têm. São uma equipa muito combativa, muito patriota e não dão nenhum lance por perdido e até ao último minuto vão disputar o jogo. Acho que não vai ser um jogo nada fácil".
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