O ministro dos Negócios Estrangeiros grego, Nikos Dendias, enviou hoje uma carta ao homólogo da Macedónia do Norte, Bujar Osmani, solicitando que a seleção de futebol cumpra o acordo de Prespa, que alterou o nome desta república da ex-Jugoslávia.
Na carta, Nicos Dendias considera que para uma plena implementação do acordo, que encerrou um quarto de século de disputas entre Atenas e Skopje, a seleção de futebol da Macedónia do Norte não poderá disputar o Campeonato Europeu com a sigla “MKD”.
Esta sigla “MKD” não corresponde ao seu nome oficial, sendo que deveria usar outra sigla, tal como “NM” (Macedónia do Norte) ou “RNM” (República da Macedónia do Norte), salienta.
Nujar Osmani adverte para o facto de o nome da federação de futebol ser oficialmente alterado e que finalmente seja incluída a nova denominação constitucional do país balcânico, que hoje à tarde disputa o primeiro jogo da sua história numa fase final do Campeonato da Europa, defrontando a Áustria, numa partida que abrirá o Grupo C, a que prtence também a Ucrânia e a Holanda.
Enquanto isso, o ministro grego do Desporto, Lefteris Avgenakis, enviou outra carta neste sábado ao presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, pedindo-lhe que interviesse pelo mesmo motivo.
A disputa entre os dois países vizinhos pelo nome, durante quase trinta anos, fez com que a Grécia vetasse a adesão da Macedónia do Norte à NATO e à União Europeia (UE), por considerar que esta estava a usurpar o património cultural dos antigos macedónios, além de temer que houvesse intenções expansionistas em relação à região norte da Grécia também denominada de Macedónia.
No entanto, em junho de 2018 e após longas negociações, foi assinado o Acordo Prespa que resolveu as divergências entre gregos e macedónios, sendo que passou por uma mudança na designação do nome constitucional do país.
Após a assinatura, a Grécia suspendeu o veto à adesão da Macedónia do Norte à União Europeia e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
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