A Federação Inglesa de Futebol (FA) manifestou hoje total apoio à decisão unânime da UEFA de adiar um ano o Euro2020 devido à pandemia de Covid-19, lembrando que a saúde é a questão prioritária.

“A saúde e o bem-estar das pessoas devem ser a principal preocupação de todos nós, por isso apoiamos totalmente a decisão da UEFA de adiar o Euro2020”, reagiu o diretor executivo da FA, Mark Bullingham.

A UEFA anunciou hoje que o Euro2020 foi adiado para 2021, com a seleção portuguesa a defender o título entre 11 de junho e 11 de julho do próximo ano.

“Nos próximos dias, consideraremos as implicações desta decisão para todas as equipas inglesas e a nossa organização, incluindo quaisquer implicações na data do Euro2021 feminino, que estamos muito orgulhosos de organizar”, acrescentou.

O Comité Executivo da UEFA adiou a fase final do torneio continental também para permitir a conclusão dos campeonatos nacionais dos vários países europeus, cuja esmagadora maioria está suspensa, a fim de conter a propagação do novo coronavírus.

“Continuaremos a trabalhar em colaboração com os nossos parceiros do futebol nos cenários que se podem seguir à decisão da UEFA e garantir que estamos prontos para colocá-los em ação imediata, quando for apropriado”, reforçou Mark Bullingham.

Paralelamente, o responsável federativo assumiu que, até lá, o organismo que dirige “continuará a seguir os conselhos do governo e das autoridades de saúde”.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais 67 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos, o que levou vários países a adotarem medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal há 448 pessoas infetadas, segundo o mais recente boletim diário da Direção-Geral da Saúde, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.