O avançado Eder, autor do golo decisivo na conquista portuguesa do título europeu de futebol em 2016, considera a seleção presente no Euro2020 “mais forte”, admitindo que, de fora, vai sofrer ainda mais.
“Eu acho que a equipa está mais forte, porque tem jogadores que estão a atuar nos campeonatos de topo da Europa, muitos na Liga dos Campeões, e em grandes clubes, e jovens, com muita irreverência, acho que a torna mais forte”, afirmou o herói da final do Euro2016, em entrevista à agência Lusa.
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Portugal vai estrear-se na competição frente à Hungria, em Budapeste, na terça-feira, no primeiro jogo do ‘grupo da morte’, que integra ainda a campeã do mundo e vice-campeã Europeia França e a Alemanha.
“Seria de evitar antes do sorteio, mas, pronto, agora não se pode evitar. É claro que, especialmente, a França e a Alemanha são grandes potências, principalmente a França que é campeã mundial e tem uma seleção bastante forte. Mas acho que Portugal tem uma seleção muito forte, que tem vindo a ganhar cada vez mais, no Europeu e, depois, a Liga das Nações”, reconheceu.
O internacional português recordou os sucessos recentes da equipa das ‘quinas’, com a inédita conquista do Euro2016, selada com um golo seu, já aos 109 minutos do prolongamento, e o triunfo na Liga das Nações de 2019, frente aos Países Baixos, também por 1-0, com um tento de Gonçalo Guedes.
“Portugal está a habituar-se a ganhar. Ganhar competições é importante e uma boa alavanca para a seleção. O grupo é difícil, mas, pensando jogo a jogo isso, conseguimos ultrapassar este grupo e, a partir daí, tudo é possível”, salientou.
Eder assegurou ser desnecessário deixar qualquer mensagem de motivação à seleção nacional.
“O Fernando Santos está lá para fazer essa parte, para os motivar, mas eles sabem, estão focados, sabem, desde o início, qual é o objetivo: entrar em todos os jogos para ganhar, para dar o máximo”, garantiu.
Apesar disso, o avançado que terminou contrato com os russos do Lokomotiv Moscovo vai acompanhar e sofrer com a seleção durante o Euro2020, “falando com os mais próximos e, claro, a apoiar a seleção”.
“É mais difícil apoiar de fora, mesmo nos jogos em que estava no banco, o sofrimento é muito maior, até porque quando estamos em campo estamos focados no jogo e isso abstrai-nos do resto”, rematou Eder.
Depois de 35 internacionalizações e cinco golos, entre eles o mais importante da história da equipa das ‘quinas’, o avançado, de 33 anos, apontou como prioridade preparar-se para o próximo desafio, em detrimento de focar-se no regresso à seleção.
“Não estou focado nisso. O mais importante é continuar a trabalhar. Agora, estou à espera de encontrar um novo clube e é nesse sentido que me quero preparar bem, é esse o objetivo, para, passo a passo, redefinir objetivos”, sublinhou, assegurando que o futuro não deverá passar por Portugal, onde, ainda só pretende “passear” e estar com a família.
O campeonato da Europa de 2020, adiado para este ano devido à pandemia de covid-19, arrancou na sexta-feira e decorre até 11 de junho, quando vai ser coroado o 16.º campeão continental, em Londres.
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