O selecionador Kasper Hjulmand considerou hoje que o apoio vindo de fora dá à Dinamarca uma “energia extra” para tentar afastar a Inglaterra nas meias-finais do Euro2020 de futebol, esperando tirar proveito da uma eventual pressão dos britânicos.
Durante a conferência de imprensa remota, o técnico rejeitou a ideia de que equipa nórdica, campeã europeia em 1992, seja vista como a ‘outsider’ das 'meias', garantindo que “vai colocar a sua seleção a atacar e a mostrar criatividade, mesmo não sendo a favorita” para o jogo de quarta-feira, em Londres.
“O apoio que recebemos deu-nos uma energia extra para jogar este tipo de jogo, que é emocionante, forte e, por isso, obrigado novamente. Vamos defrontar uma grande equipa de Inglaterra, tenho muito respeito por eles”, começou por dizer o selecionador, de 49 anos.
Sem esconder a admiração pelo trabalho realizado pelos ingleses no torneio, Hjulmand deixa claro que a Dinamarca está em Londres para vencer.
“O meu homólogo Gareth Southgate fez um bom trabalho. É uma boa equipa com muitas qualidades, muita união e com jogadores experientes. Mas também somos uma equipa forte e acreditamos em nós próprios. Enfrentamos este jogo com muito entusiasmo e esperança. O que certo é que vamos dar o nosso máximo, mais uma vez. Acreditamos realmente que vai ser difícil para a Inglaterra lutar. Viemos para vencer”, assegurou.
Confiança é a palavra escolhida pelo selecionador para descrever o sentimento do grupo, que espera ver tirar proveito da “muita pressão” vinda dos mais de 60.000 adeptos que vão estar sentados nas bancadas do Estádio de Wembley, em Londres.
“Haverá muita pressão sobre a Inglaterra e, claro, que nós temos que tirar proveito dessa situação. Há uma dimensão psicológica neste jogo. Eles [jogadores ingleses] vão ter muito adeptos, mas também muita pressão e expectativa. Então isso faz com que não será tão simples para eles”, apontou.
Por sua vez, o guarda-redes Kasper Schmeichel, que atua em Inglaterra ao serviço do Leicester, não crê que a seleção dos ‘três leões’ possa deixar-se afetar pela pressão.
"Quando se tem uma equipa com tantas estrelas mundiais, as expectativas são sempre grandes. É uma nação que ama o futebol, que quer títulos. Não consigo imaginar que esta equipa seja afetada pelo que o país espera deles. Eles respeitam-nos, sabem que vão enfrentar uma equipa difícil de vencer e que terão de lutar até o fim”, observou.
Na quarta-feira, a partir das 20:00, Dinamarca e Inglaterra vão discutir um lugar na final, no Estádio de Wembley, em Londres, num encontro que será dirigido pelo holandês Danny Makkelie.
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