Cristiano Ronaldo é tema incontornável na Seleção. Não há forma de evitar o nome do capitão de Portugal na Alemanha quando o tema é a seleção lusa. Titular na vitória diante da Chéquia, o avançado ficou em branco e, aos 39 anos, há quem questione a sua titularidade.
Na antevisão do duelo com a Turquia, Roberto Martínez, selecionador nacional, esclareceu a posição de CR7.
"Sabe quantos minutos o Cristiano fez na temporada passada? Tem experiência, não houve outro jogador na história do futebol com 6 Europeus. É importante perceber o que um jogador traz. O Cristiano traz experiência, traz oportunidades de golo, uma maneira de abrir espaços. O Cristiano está na Seleção porque merece cá estar, basta olhar para o que tem feito e para o que fez nas últimas competições", responde o selecionador nacional, questionado se o capitão de Portugal devia jogar 90 minutos em todos os jogos do Euro 2024.
Diante dos checos, Ronaldo jogou sozinho na frente mas, após o golo dos checos, Roberto Martínez, colocou Diogo Jota ao lado do capitão para dar mais força ao ataque de Portugal. Questionado se o capitão precisa de jogar ao lado de outro jogador na frente em vez de estar só, o selecionador de Portugal recordou o trabalho feito pelo capitão ao longo dos 90 minutos, que ajudaram a equipa a chegar aos golos.
"Ronaldo fez três remates enquadrados e foi o que mais remates enquadrados teve durante o torneio no primeiro jogo. Foi muito disciplinado, trabalhou muito e é um matador, um jogador de área muito importante. Abre espaço... no golo do Francisco [Conceição] o espaço abre-se porque o Cristiano está na área. Trabalhamos com um foco e o Cristiano é importante para nós, naquilo que tentamos fazer na grande área. Mas é importante lá chegar. A nossa equipa não é uma equipa de jogo direto, de procurar o ponta-de-lança rapidamente. Queremos chegar ao último terço com cinco, seis, sete jogadores. O estilo de Portugal não é jogar diretamente. Não precisamos de ter um jogador, precisamos de ter quatro, cinco ou seis perto do ponta-de-lança", analisou.
Na mesma conferência de imprensa de lançamento do jogo com os turcos, Roberto Martínez passou um olhar sobre a sua carreira e deixou um desabafo.
"O treinador que marcou a minha forma de ver o jogo foi Cruyff, mudou a forma de ver o jogo. Tive a oportunidade de ver treinadores com outras metodologias, como a de Fabio Capello, de Maturana, sempre treinadores que trabalharam muito bem os vários aspetos de uma equipa. Mas a influência maior foi de Cruyff", confidenciou.
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