A seleção portuguesa de sub-21 começa a disputar na quinta-feira a sua oitava fase final de um campeonato da Europa da categoria, almejando esquecer duas finais dolorosas com um inédito título na história do futebol nacional.

Depois de ter estado ausente da edição 2019, a equipa das ‘quinas’ procurará suplantar na fase final de 2021, a primeira com 16 participantes, dispersa por Hungria e Eslovénia, o estatuto de finalista vencido fixado em 1994 e 2015.

De resto, Portugal ficou em terceiro lugar em 2004 e foi afastado na fase de grupos em 2002, em 2006, numa edição disputada em solo luso, em 2007, falhando, depois, o quinto lugar e o apuramento para os Jogos Olímpicos Pequim2008, e em 2017.

Há 27 anos, em 1994, a iminente ‘geração de ouro’ do futebol português levou pela primeira vez a seleção de sub-21 a uma fase final, então apenas para quatro, em França, onde Portugal chegou à final ao vencer a Espanha por 2-0, nas meias-finais.

Com 15 dos 18 campeões mundiais de sub-20 em 1991, incluindo figuras como Figo, Rui Costa ou João Vieira Pinto, estes dois últimos autores dos golos face aos espanhóis, a formação de Nelo Vingada só saiu derrotada na final, pela Itália, culpa de um ‘golo de ouro’ de Pierluigi Orlandini, no prolongamento (1-0).

Volvidos 21 anos desse encontro de má memória em Montpellier, Portugal voltou a mostrar credenciais na República Checa, tendo começado por obter a primeira posição de um grupo com Inglaterra (triunfo por 1-0), Itália (0-0) e Suécia (1-1).

Com uma goleada expressiva sobre a Alemanha nas meias-finais (5-0), na vitória lusa mais volumosa de sempre num Europeu de sub-21, os pupilos do atual selecionador Rui Jorge reencontraram os nórdicos na final e caíram nos penáltis (3-4, após um ‘nulo’).

O desperdício nacional da marca dos 11 metros teve autoria de Ricardo Esgaio e William Carvalho, que viria, um ano depois, a conquistar o Euro2016, a par de Raphaël Guerreiro e João Mário, todos titulares nessa desoladora final de Praga.

Portugal também se aproximou da concretização do ‘sonho’ em 2004, quando, sob alçada de José Romão, ficou em segundo num grupo com Suécia (1-3), Suíça (2-2) e a anfitriã Alemanha (2-1), e voltou a ceder face à Itália (3-1) - que ganharia o título com um 3-0 à Sérvia e Montenegro -, nas ‘meias’.

Os golos de Hugo Viana, Jorge Ribeiro e Carlitos, contra os de Johan Elmander e Markus Rosenberg, valeram depois um triunfo sobre a Suécia (3-2, após prolongamento) e a medalha de bronze, na terceira melhor prestação de sempre.

Nas restantes quatro presenças, Portugal caiu sempre na fase de grupos, a primeira vez em 2002, após um empate com a campeã europeia vigente Itália (1-1) e um desaire frente à anfitriã Suíça (0-2), aos quais juntou um insuficiente triunfo sobre a Inglaterra (3-1) para ficar em terceiro da ‘poule’.

Igual desfecho deu-se em 2006, quando as expectativas criadas pela organização do Europeu de sub-21 em seis cidades lusas acabaram diluídas com derrotas diante de França (0-1) e Sérvia e Montenegro (0-2) e uma vitória sobre a Alemanha (1-0).

No ano seguinte, a goleada contra Israel (4-0), a igualdade diante da Bélgica (0-0) e o desaire imposto pelos anfitriões Países Baixos (1-2), a caminho da revalidação do título, só valeram o terceiro lugar e um encontro adicional com a Itália.

Em causa estava a derradeira vaga de apuramento para o torneio de futebol masculino dos Jogos Olímpicos Pequim2008, que os transalpinos viriam a alcançar através do desempate por penáltis (3-4, após um ‘nulo’) - Manuel Fernandes e Antunes falharam.

Já em 2017, no primeiro evento com 12 países, Portugal voltou a ser arredado cedo, apesar dos triunfos sobre Sérvia (2-0) e Macedónia (4-2), graças ao desaire fatal com Espanha (1-3), que impediu a entrada nas meias-finais como melhor segundo colocado.

No total, em sete fases finais, Portugal ostenta 40% de vitórias, num total de 10, em 25 jogos, mais sete empates e oito derrotas, com 35 golos marcados e 27 sofridos.

Espanha e Itália lideram o quadro de honra, ao exibirem cinco troféus cada, numa prova com 10 vencedores distintos, à partida para o inédito formato de 2021, cuja fase de grupos decorre entre quarta-feira e 31 de março e os quartos de final, as meias-finais e a final de 31 de maio a 06 de junho.

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