A seleção portuguesa de sub-21 precisa de se “soltar mais” frente à Inglaterra nos quartos de final do Europeu da categoria, frisou hoje o futebolista Paulo Bernardo, aliviado pela qualificação com sofrimento dos vice-campeões em título.
“Sabemos que ainda temos muito mais futebol para mostrar a nossa qualidade. Estamos com um espírito enorme, as coisas têm melhorado de um jogo para o outro e queremos que assim continuem no próximo jogo”, observou o médio, em conferência de imprensa.
Portugal, que terminou no segundo posto do Grupo A, defronta a Inglaterra, já vencedora da ‘poule’ C, no domingo, a partir das 20:00 locais (17:00 em Lisboa), no Estádio Ramaz Shengelia, em Kutaisi, na Geórgia, no terceiro encontro da próxima fase da competição.
“O jogo começa 0-0 e serão duas belíssimas equipas em campo. Sabemos que temos de estar ao nosso melhor, mas eles também vão estar. Por isso, [o resultado] vai cair para a equipa que mostrar mais querer e mais qualidade”, advertiu Paulo Bernardo, de 21 anos.
A equipa treinada por Rui Jorge trabalhou hoje no relvado secundário do Estádio Mikheil Meskhi, em Tbilisi, capital da Geórgia, numa sessão vespertina em que o extremo Pedro Neto cumpriu gestão de esforço ao longo dos 15 minutos abertos à comunicação social.
“Eu, pelo menos, já vi uma partida da Inglaterra, que vai jogar hoje [com a Alemanha, no fecho da primeira fase] e podemos aproveitar para ver. Eles têm diversos craques, jogam muito bem e são uma bela equipa. Teremos de estar ao nosso melhor nível para passar”, avaliou o médio, que esteve emprestado pelo Benfica ao Paços de Ferreira em 2022/23.
Portugal está pela terceira vez nas últimas cinco edições na ronda a eliminar do Europeu de sub-21 e volta a inserir-se no lote de oito finalistas, tal como em 2021, quando chegou a vencer na primeira fase os ingleses (2-0), que já arrebataram o cetro em 1982 e 1984.
“Somos uma equipa bastante unida, tanto por parte de quem joga, como por aqueles que começam no banco ou os que nem sequer tiveram um minuto ainda. Trabalhamos todos para o mesmo lado e vai ter de ser assim até ao fim para que possamos ser campeões”, afiançou Paulo Bernardo, desejando melhorar as finais perdidas em 1994, 2015 e 2021.
Depois da derrota frente à anfitriã Geórgia (2-0) e do empate com os Países Baixos (1-1), os lusos entraram para a terceira e decisiva jornada do Grupo A no quarto e último lugar, tendo conjugado na terça-feira uma vitória perante a Bélgica (2-1) com a igualdade entre georgianos e neerlandeses (1-1) para subirem à segunda posição e seguirem em prova.
“Foi um grande dia para nós, já que lográmos o primeiro grande objetivo. Ficámos muito contentes e festejámos o que tínhamos a festejar, mas estamos focados no jogo com a Inglaterra. A festa não foi assim tão grande, porque não ganhámos nada. Foi bom e deu para respirar um pouquinho”, confidenciou o médio, suplente utilizado nos três embates.
Um penálti convertido pelo capitão Tiago Dantas, aos 89 minutos, tornou-se fundamental para revitalizar a prestação dos atuais vice-campeões, com Paulo Bernardo a considerar que essa passagem num “grupo bastante difícil” concederá “outra confiança” ao coletivo.
“Sabíamos que seria difícil. Os Países Baixos têm grande equipa e podiam ter vencido a Geórgia. Felizmente, não aconteceu. Não dependeríamos só de nós e a sorte esteve do nosso lado. Acreditámos sempre, porque, enquanto houver 1% de possibilidade, há que acreditar e dar sempre o melhor para que as coisas sejam realmente possíveis”, referiu.
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