Portugal vai mostrar “muita ambição e vontade de ganhar” à Bélgica, na terça-feira, na terceira e derradeira jornada do Europeu de sub-21, disse hoje o futebolista Fábio Silva, confiando numa ajuda da Geórgia para avançar na prova.
“Sabemos que não dependemos de nós, mas temos de ganhar e fazer o nosso trabalho. Estou seguro de que, se estivermos ao nosso melhor nível, as outras seleções têm muita dificuldade em jogar contra nós. Entraremos em campo para mostrar isso, pois sabemos que esta pode ser a nossa última oportunidade. Gostávamos de deixar uma boa imagem até ao fim e sair de cabeça levantada”, vincou o avançado, em conferência de imprensa.
Portugal decide a sua continuidade no Europeu de sub-21 na terça-feira, ao medir forças com a Bélgica, às 20:00 locais (17:00 em Lisboa), no Estádio Mikheil Meskhi, em Tbilisi.
“A Bélgica é uma das seleções mais competentes neste torneio e apresenta uma equipa muito móvel na frente, que gosta de fazer combinações e possui jogadores rápidos. Com certeza, vai ser um desafio muito equilibrado, porque são equipas que gostam de jogar e querem progredir nesta prova. Acho que essa pressão extra é uma pressão boa”, notou.
Os vice-campeões em título somam apenas um ponto e estão na quarta e última posição do Grupo A, que prossegue em aberto e é surpreendentemente comandado pela anfitriã Geórgia, com quatro, ao passo que os Países Baixos e os belgas têm dois pontos cada.
“A nossa motivação está sempre lá em cima. Sou um jogador que gosta de desafios e de jogar contra os melhores. Estou sempre disponível para ajudar e para dar o meu melhor. Pessoalmente, mas penso que poderei falar pela equipa, todos estão com uma ambição muito grande e gostam de ter a oportunidade de estar nestes jogos”, admitiu Fábio Silva.
Os dois primeiros classificados acedem aos quartos de final do Europeu de sub-21, pelo que a equipa de Rui Jorge, finalista derrotada em 1994, 2015 e 2021, tem de derrotar a Bélgica e aguardar que os georgianos pontuem diante dos neerlandeses.
“Obviamente, é uma fase difícil para nós, mas sabemos aquilo que nos levou até aqui. A margem é mínima e não podemos errar. Estamos focados em melhorar alguns erros e a nossa crença está sempre lá em cima, porque o ‘mister’ nos diz que as suas equipas têm de demonstrar a melhor versão até ao fim, independentemente do resultado”, enalteceu.
Vinculado aos ingleses do Wolverhampton, Fábio Silva, de 20 anos, esteve emprestado aos neerlandeses do PSV Eindhoven na segunda metade desta época, após ter alinhado na primeira pelos belgas do Anderlecht, que cederam o defesa Zeno Debast aos sub-21.
“Conheço jogadores da Bélgica e joguei contra alguns deles, mas isso varia muito, já que é diferente jogar num clube ou numa seleção. Agora, temos um leque de atletas em que, alinhando um ou outro, a qualidade é a mesma e, às vezes, até superior. Estamos muito tranquilos sobre isso”, reforçou o avançado, que foi titular frente aos Países Baixos (1-1).
Portugal esteve em vantagem nesse jogo da segunda jornada, mas deixou-se empatar e complicou o acesso à ronda seguinte, cenário acentuado pela igualdade entre Geórgia e Bélgica (2-2), que até tinha chegado ao intervalo a ganhar por dois tentos sem resposta.
“Foi um jogo muito difícil para nós, tanto física, como psicologicamente. Apanhámos uma das melhores equipas desta prova, mas batemo-nos bem e fizemos um grande jogo. Foi ingrato. Obviamente, o balneário não estava muito feliz no final, porque o outro resultado não nos agradou. Gostaríamos de depender de nós próprios, mas não adianta pensar no outro resultado sem ganhar o nosso jogo. Depois, fazemos as coisas no final”, concluiu.
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