O selecionador português de futebol de sub-17, Hélio Sousa, prometeu uma equipa competitiva e a jogar sempre para vencer no Campeonato Europeu do escalão, a disputar entre quinta-feira e 21 de maio. “O que nos deixaria satisfeitos era ganhar todos os jogos, isso deixar-nos-ia imensamente satisfeitos. O que nos vai deixar muito satisfeitos é que quem assistir aos nossos jogos sinta prazer, porque somos uma equipa competitiva, que em todos os momentos queremos jogar”, assumiu Hélio Sousa, em entrevista à agência Lusa.
A ‘equipa das quinas’ vai defrontar o estreante e anfitrião Azerbaijão, na quinta-feira, Escócia e Bélgica, no Grupo A da competição, à qual chegou depois de um pleno de vitórias na Ronda de Elite, algo que não aumenta a responsabilidade de Portugal.
“Mais responsabilidade não, porque defrontamos cada equipa, sejam as teoricamente mais fortes ou as potências entre as quais nos incluímos, para as vencer. Os resultados que conseguimos demonstram a qualidade, o crescimento e o potencial desta equipa, mas agora temos de ser capazes de fazer tudo novamente, o que se calhar é o mais difícil”, afirmou, apontando que teoricamente a Bélgica será o adversário mais complicado.
No entanto, Hélio Sousa reconheceu que Portugal tem história a defender na competição, que venceu em 2003, 2000, 1996 e 1995 – nestas três no escalão de sub-16 que a antecedeu –, aproveitando a competição como um momento de crescimento. “O importante para nós é estarmos nestes espaços, porque o primeiro jogo pode dar vivências únicas a miúdos que se calhar nunca pensaram, tão cedo, em estar a jogar com 30 ou 40 mil pessoas, como está perspetivado para o primeiro jogo. Vai ser uma experiência única, um crescimento enorme para terem mais ferramentas”, frisou.
Sem apontar objetivos concretos, além do foco em cada um dos jogos, Hélio Sousa assume a ambição de chegar aos quartos de final: “Queremos estar lá, vai ser uma competição muito boa, importantíssima para os nossos jogadores, que têm condições para jogar de igual para igual com qualquer equipa”.
O técnico identificou as “potências” França, campeã em título, Alemanha, Espanha e Inglaterra como principais candidatas ao título, numa luta que vai incluir Bélgica, Sérvia e Holanda, que “cada vez trabalham melhor e conseguem superiorizar-se”, sendo neste lote de ‘outsiders’ que Hélio Sousa coloca Portugal “graças ao trabalho cada vez melhor dos clubes e dos técnicos”.
Apesar da importância competitiva da fase final, o selecionador salienta que o torneio é “meio caminho” para uma geração que pensa já no Europeu de sub-19 e no Mundial de sub-20, conferindo vivências únicas e uma oportunidade de evolução.
O avançado João Filipe corroborou da mensagem do técnico, salientando a vontade de vencer. “O nosso objetivo é pensar jogo a jogo, sabemos que o primeiro é importantíssimo e depois temos de pensar no outro e no outro, mas vamos para o Azerbaijão para ganhar, não há outro pensamento”, frisou o melhor marcador da fase de qualificação, com sete golos.
Sem receio do ambiente esperado no jogo de estreia, frente à seleção azeri, no Estádio Olímpico de Baku, o avançado do Benfica recordou a última presença da equipa das ‘quinas’ numa fase final do escalão para sustentar a ambição lusa.
“Só demonstra que há seleções muito fortes na Europa, tivemos há dois anos o exemplo da geração de 1997, que conseguiu chegar à meia-final, com uma prestação incrível, agora é a nossa vez e pretendemos fazer melhor do que eles. Sabemos que é muito difícil, mas vamos lutar ao máximo”, rematou.
Na competição, destaque para o previsível equilíbrio do Grupo D, que integra Itália, Sérvia, Holanda e Espanha, enquanto a França, campeã em título, defronta Dinamarca, Inglaterra e Suécia no agrupamento C.
O Grupo B, cujos dois primeiros classificados se cruzam com a ‘poule’ de Portugal, vai ser disputado por, Áustria, Alemanha, Ucrânia e Bósnia-Herzegovina, que também se estreia na prova.
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