O defesa Rúben Dias rejeitou hoje a ideia de que o grupo da seleção portuguesa de futebol seja "mais fechado" e que impossibilite o regresso ou a chamada de novos jogadores, considerando que faz “parte da história”.

Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo de sexta-feira com a Eslováquia, da fase de qualificação para o Euro2024, o central, de 26 anos, falou aos jornalistas sobre as chamadas dos compatriotas João Cancelo e João Félix, que estiveram várias semanas sem competição e só no último dia do mercado de verão rumaram à Catalunha para representar o FC Barcelona.

“Não acho que seja ideia de grupo mais fechado, é a ideia de espaço de seleção e sempre foi assim. Como sempre, a porta está aberta para entrar e sair, são decisões e cabem ao treinador. Às vezes, um jogador não está a jogar tão bem e acaba por ser convocado por diferentes fatores. A história diz-nos que isto, por vezes, acontece”, justificou Rúben Dias, no principal auditório da Cidade do Futebol, em Oeiras.

O defesa dos ingleses do Manchester City falou depois sobre o opoente do Grupo J, que Portugal lidera com 12 pontos, estando, por isso, muito perto de garantir o ‘passaporte’ para a fase final da competição que irá realizar-se na Alemanha em 2024.

“Jogo difícil pela qualidade do nosso adversário, pela proximidade e pela importância que o jogo tem em caso de vitória nossa. Temos perfeita consciência que este primeiro jogo e o segundo [contra o Luxemburgo] vão ser muito importantes para nós”, perspetivou.

Além de Rúben Dias, o Manchester City conta com os lusos Bernardo Silva e Matheus Nunes, o último recém-chegado ao campeão inglês, pelo que mereceu um comentário por parte do central.

“Fico muito feliz e ficamos enquanto portugueses que mais um português se tenha juntado ao Manchester City, que nos dias de hoje é um dos melhores clubes do mundo. É mais um jogador a ter oportunidade de estar neste contexto”, expressou.

Por fim, Rúben Dias abordou as contratações sonantes de vários clubes da Arábia Saudita para reforçar a ideia anteriormente transmitida: “Continua claro que o futebol mais competitivo continua a ser na Europa. Não acompanho [o campeonato], vi um ou dois jogos e não tenho conhecimento para falar”.

Portugal defronta a Eslováquia, em Bratislava, na sexta-feira, e, três dias depois, em 11 de setembro, recebe no Algarve o Luxemburgo.

Após quatro jornadas, a seleção nacional lidera o Grupo J, com 12 pontos, somando apenas vitórias, à frente da Eslováquia, segunda classificada, com 10, e do Luxemburgo, terceiro, com sete. Bósnia-Herzegovina e Islândia somam ambas três pontos, enquanto o Liechtenstein continua a zero e é último.

Os dois primeiros lugares do agrupamento dão acesso direto à fase final do Campeonato da Europa, que vai decorrer no próximo ano, na Alemanha.