Resumo
Sem Cristiano Ronaldo, ausente por castigo, Portugal conquistou o resultado mais avultado da sua história ao golear o Luxemburgo por uns impressionantes 9-0. Roberto Martínez não quis entrar em comparações, mas é cada vez mais difícil negar que há uma Seleção com CR7 e uma Seleção sem. Com o capitão, Portugal tem um jogador que quer participar na construção, limitando a criatividade de nomes como Bernardo, Bruno ou Leão; sem ele, Portugal tem um jogador de área preparado para finalizar o que os outros criam.
Não sendo uma exibição perfeita (e sem descurar o nível bastante inferior do adversário), a verdade é que a equipa lusa apresentou um futebol fluido, de ataque e com interessantes soluções táticas. E, no meio de tudo isto, ainda brindou os adeptos com nove golos.
Gonçalo Ramos, que assumiu o lugar do capitão (Bernardo Silva ficou com a braçadeira), esteve à altura da tarefa e marcou dois golos, tal como Gonçalo Inácio e Diogo Jota, que já tinha falhado outros tantos. Bruno Fernandes teve o golo merecido para juntar a um hat-trick de assistências, e Ricardo Horta e João Félix saltaram do banco e juntaram o seu nome à lista de marcadores.
Ao fim de seis jogos com Roberto Martínez no comando, Portugal conta seis vitórias, 24 golos marcados, zero sofridos, e a maior goleada de sempre – supera os 8-0 por três vezes conseguido, a última já há 20 anos. E o apuramento para o Europeu está quase no bolso: num agrupamento que qualifica os dois primeiros, a equipa das quinas soma 18 pontos, contra 13 da Eslováquia e 10 do Luxemburgo, podendo garantir a qualificação em outubro.
A figura do jogo
Bruno Fernandes: Contabilizou três assistências, duas delas para Gonçalo Inácio e outra para Diogo Jota – um grande passe a isolar o avançado do Liverpool. Mostrou grande capacidade de pressão em zonas adiantadas e ainda conseguiu marcar nos minutos finais (seria o 8-0), a receber com espaço à entrada da área e a finalizar com tranquilidade.
O momento
Golo de João Félix: Foi já em cima dos 90' que chegou o 9-0, resultado que dá contornos históricos à noite de Portugal. O avançado do Barcelona recebeu, rodou, colocou a bola ao jeito do seu pé mais forte e disparou de fora da área.
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