O internacional por Gibraltar Lee Casciaro tornou-se na sexta-feira o futebolista mais velho de sempre a participar num encontro de qualificação para um Campeonato da Europa, batendo um recorde imposto há quatro décadas pelo italiano Dino Zoff.

No Estádio Algarve, local onde os gibraltinos atuam na condição de visitados durante a fase de apuramento para o Euro2024, o avançado do Lincoln Red Imps foi titular na derrota com a Grécia (0-3), na primeira jornada do Grupo B, e estabeleceu um novo máximo, aos 41 anos e 176 dias de idade.

Casciaro, que soma 54 jogos e três golos pela seleção de Gibraltar, superou, assim, o registo de uma ‘lenda’ do futebol mundial, o antigo guarda-redes Dino Zoff, que contava 41 anos e 90 dias quando disputou a derradeira partida da carreira pela seleção de Itália, em maio de 1983, diante da Suécia, na ‘corrida’ ao Euro1984.

Ao mesmo tempo, o avançado gibraltino, nascido em 29 de setembro de 1981, impediu que outro renomado jogador reclamasse este recorde na sexta-feira.

Zlatan Ibrahimovic, com 41 anos e 172 dias, foi suplente utilizado no desaire da Suécia na receção à Bélgica (0-3), para o Grupo F, mas quando entrou em campo, aos 73 minutos, já sabia que o recorde lhe tinha escapado, tendo em conta a utilização de Casciaro no Algarve.

O avançado do AC Milan, que não jogava há um ano pela seleção nórdica, devido a uma grave lesão num joelho que o afastou dos relvados, nasceu em 03 de outubro de 1981, ou seja é apenas quatro dias mais novo do que o jogador de Gibraltar.

Contudo, ‘Ibra’ tem ainda a possibilidade de se tornar o futebolista mais velho de sempre a jogar num Campeonato da Europa, sendo que, caso a Suécia se apure para fase final e o avançado seja convocado - e jogue -, chegará à Alemanha com 42 anos e oito meses, ultrapassando o húngaro Gábor Király, que detém esse recorde desde o Euro2016, com 40 anos e 86 dias.

Esta é, de resto, uma ambição que foi assumida pelo avançado sueco esta semana: “Se me sentir bem e for escolhido pelo treinador, vou ajudá-lo, à equipa e ao país, e vou dar o meu melhor".

Casciaro não poderá aspirar ao mesmo registo, tendo em conta que seria preciso um ‘milagre’ para que uma seleção tão frágil quanto Gibraltar atingisse um Europeu, ainda mais quando integra um grupo de qualificação com França ou Países Baixos.