O Europeu de futebol de 2016 vai realizar-se em França como previsto e nos termos anunciados, revelou hoje a UEFA, reagindo ao ataque terrorista que na sexta-feira provocou pelo menos 129 mortos em Paris.
Os diversos ataques, que incluíram o exterior do Stade de France, onde se vai disputar a final, provocaram dúvidas quanto à capacidade da França manter os adeptos de futebol seguros durante o torneio.
“Há mais de três anos a esta parte, o Euro 2016 SAS (comité organizador) tem trabalhado em proximidade com as autoridades relevantes para desenvolver os mais apropriados mecanismos de forma a garantir a segurança da prova. Estamos confiantes de que vão ser tomadas as medidas necessárias para garantir que haverá segurança para todos os envolvidos”, refere a UEFA.
Tal como previsto, o organismo mantém o sorteio final para 12 de dezembro no Palácio dos Congressos, em Paris, e o torneio final a decorrer em França de 10 de junho a 10 de julho de 2016.
Segundo o responsável máximo da organização, Jacques Lambert, a preparação para a eventualidade de ataque terrorista foi questão sempre tida em conta e a ser preparada.
“O risco terrorista sempre foi considerado um fator de risco, incluído no nosso processo de candidatura. Isso não muda os fundamentos: o que estamos a colocar em prática com o Ministério do Interior continua relevante, apenas temos de alterar o nível de risco nas medidas preventivas”, frisou.
O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou no sábado, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses.
De acordo com o último balanço feito pelos hospitais, das 415 pessoas que foram atendidas nos hospitais após os ataques, pelo menos 42 feridos continuavam no domingo à tarde em vigilância intensiva em unidades de reanimação.
Os ataques, perpetrados por pelo menos sete terroristas, que morreram, ocorreram em vários locais da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.
A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o presidente francês François Hollande classificou como “ataques terroristas sem precedentes no país”.
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