O ministro holandês da Saúde, Hugo de Jonge, afastou hoje a hipótese de permitir a realização de jogos de futebol com a presença de público antes da descoberta de uma vacina contra o novo coronavírus.
“Ninguém sabe quanto tempo isso levará. Esperamos que em breve, é claro, mas o mais realista é pensar que [só haverá uma vacina para a COVID-19] dentro de um ano ou até mais tarde”, disse Hugo de Jonge numa exposição enviada ao parlamento.
O ministro fez referência ao futebol, ao abordar os procedimentos a ter em conta para a realização de “eventos de massa”, que inclui espetáculos em estádios e festivais de música, e disse que o seu regresso será “o último passo” do desconfinamento.
A posição de De Jonge surge após o primeiro-ministro Mark Rutte ter confirmado na quarta-feira, em conferência de imprensa, que o futebol profissional podia retomar a atividade em 01 de setembro, com a realização dos jogos à porta fechada.
A temporada 2020/21 da liga holandesa começará com um mês de atraso e a federação dos Países Baixos vai ser obrigada a ajustar o calendário, recorrendo, entre outras possibilidades, à realização de jogos durante as férias de Natal.
O campeonato holandês foi suspenso a oito jornadas do fim, tendo sido considerado nulo e canceladas as promoções e descidas, decisão que levou as equipas do Cambuur e do De Graafschap, primeira e segunda da II Liga, a recorrerem ao tribunal.
O campeonato dos Países Baixos foi cancelado, tal como em França, embora neste caso o título tenha sido entregue ao Paris Saint-Germain, enquanto Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal preparam o regresso à competição para concluir a época 2019/20.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 263 mil mortos e infetou cerca de 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
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