A AS Roma, orientada pelo treinador português Paulo Fonseca, foi eliminada esta terça-feira em casa pelo Spezia nos oitavos de final da Taça de Itália em futebol, ao perder por 4-2, após prolongamento.
A formação da casa, adversária do Sporting de Braga nos 16 avos de final da Liga Europa, ainda recuperou de uma desvantagem de dois golos no tempo regulamentar, mas, reduzida a nove, acabou por ‘tombar’ no tempo extra.
O jogo ficou marcado por algo insólito, que não deveria acontecer numa equipa profissional: a realização de seis substituições, mais uma que as cinco permitidas. Foram quatro no tempo regulamentar e duas no prolongamento.
Paulo Fonseca foi obrigado a mexer na equipa no prolongamento, quando a AS Roma ficou reduzida a nove elementos, pelas expulsões do guarda-redes espanhol Pau Lopez e de Gianluca Mancini, aos 92 minutos. Foi então que o técnico português foi ao banco lançar o guarda-redes Daniel Fuzato (antigo guarda-redes do Gil Vicente) e Ibañez para tentar equilibrar a equipa.
Antes, o técnico tinha feito entrar Jordan Veretout, Rick Karsdorp e Carles Perez no tempo regulamentar. Depois lançou Edin Dzeko no início do prolongamento, antes de voltar a mexer com as duas entradas de Fuzato e Ibañez.
O único a dar conta erro foi o lateral Lorenzo Pellegrini que, ao lado de Paulo Fonseca, explicava ao técnico que era a sexta substituição. Mas já era tarde, já que a substituição já estava consumada. O jogo recomeçou mas a AS Roma já sabia que iria ser desqualificada com derrota por 3-0 na secretaria.
Recentemente, a FIFA aprovou uma substituição extra (seis) no prolongamento mas a mesma ainda não está prevista nos regulamentos da Taça de Itália.
Questionado sobre o tema na conferência de imprensa, Paulo Fonseca, visivelmente agastado, remeteu o assunto para uma reunião interna.
"Se há um problema, temos de o discutir internamente", disse o português.
E sobre o seu futuro, Paulo Fonseca lembrou que está em avaliação desde que entrou na AS Roma.
"Estou sob escrutínio desde o meu primeiro dia aqui. Na Liga estamos onde queremos, tenho fé na equipa. Sempre que não ganhamos o meu lugar está em jogo, mas tenho de me focar no meu trabalho", atirou.
Este é o segundo erro grave da AS Roma esta época. Em setembro a equipa foi punida pelo órgão disciplinar da Liga italiana de futebol com uma derrota por 3-0 no jogo frente ao Verona, da primeira jornada da Serie A, por ter utilizado um jogador irregularmente. O médio Amadou Diawara entrou no “onze” da equipa treinada pelo português Paulo Fonseca em Verona mas não o podia ter feito, uma vez que foi inscrito como sub-22 e já tinha completado 23 anos.
Diawara, natural da Guiné-Conacri, fez 23 anos em Julho de 2020, mas integrava a lista de jogadores sub-22 da Roma, dos quais fez parte na temporada passada.
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