A segunda mão da final da Taça Libertadores entre River Plate e Boca Juniors agendada para este sábado foi adiada para domingo devido aos incidentes que marcaram a chegada da equipa do Boca Juniors ao Estádio Monumental em Buenos Aires.
A informação do adiamento da segunda mão da final da Taça Libertadores para domingo foi avançada pelo presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, em declarações ao canal de televisão FOX.
O presidente do organismo que tutela a Taça Libertadores revelou que o jogo foi adiado para as 17h00 de Buenos Aires (20h00 de Lisboa) na sequência de um acordo entre River Plate e Boca Juniors para a realização do encontro noutra data devido à falta de condições dos jogadores para disputar a final.
A segunda mão da final da ‘Champions’ sul-americana já tinha sido hoje adiada duas vezes, depois de o autocarro que transportava os jogadores Boca Juniors ter sido atacado por adeptos River Plate.
A Conmebol tinha anunciado que o jogo se iniciaria às 19:15 (22:15 em Lisboa) para “cumprir o programa da final”, uma hora e 15 minutos depois do horário previsto, 18:00 locais, que já tinha sido alterado das 17:00 iniciais, mas agora optou por adiar o jogo.
“Queremos o melhor para esta final. Não posso explicar o inexplicável”, disse Domínguez, considerando que “uma equipa não pode jogar e a outra não quer ganhar nestas condições”, pelo que se chegou a um "acordo de cavalheiros".
Antes, o avançado do Boca Carlos Tévez tinha denunciado que os jogadores estavam a ser “obrigados” a jogar: “Dói-nos a cabeça, quisemos vir falar [à comunicação social] para dizer que nos estão a obrigar a jogar, temos companheiros que não estão bem fisicamente. É inacreditável”.
“Se, realmente, os jogadores [do Boca Juniors] não estavam em condições de jogar, o River Plate considerou conveniente apoiar o Boca, para que se possam recuperar e jogar a final em pé de igualdade”, disse o presidente do River Plate, Rodolfo D’Onofrio.
Os médicos da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol), por outro lado, emitiram um comunicado, no qual reconhecem as várias lesões sofridas por jogadores do Boca, nomeadamente, nos olhos e na pele, mas disseram que não encontravam razões para suspender o encontro.
A situação gerou confrontos em torno do estádio Monumental, recinto do River Plate e palco do jogo da segunda mão da final, a caminho do qual o autocarro que transportava a equipa do Boca foi atacado com pedras, com a polícia a anunciar a detenção de 10 pessoas.
O dirigente do clube de Buenos Aires César Martucci explicou que o uso do gás lacrimogéneo – que provocou inflamações oculares em vários futebolistas - se deveu à necessidade de dispersar a multidão que acompanhava a passagem do veículo, que entrou no estádio com vários vidros partidos.
No primeiro jogo, em casa do Boca, as duas equipas empataram a duas bolas, depois de a partida ter sido adiada um dia devido à chuva forte que alagou o relvado do estádio La Bombonera.
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