O argentino Santiago Solari, que assumiu provisoriamente o comando do Real Madrid após o despedimento de Julen Lopetegui, disse hoje não estar preocupado com a sua continuidade no cargo e que tem o pensamento na Taça do Rei.
“Tenho muita vontade e uma grande satisfação. Trabalhar no Real Madrid é uma grande oportunidade, um trabalho maravilhoso em qualquer lugar da instituição”, começou por dizer o técnico, que se estreia na quarta-feira na visita ao Melilla.
Solari, que transitou da equipa secundária dos ‘merengues’, não quis falar se o seu projeto será de continuidade, depois de ter tomado conta da equipa com a saída de Lopetegui, goleado no domingo em casa do FC Barcelona (5-1) e que teve um dos piores arranques de sempre no campeonato.
“A ideia é ir a Melilla amanhã [quarta-feira] e jogar com ‘tomates’”, disse o argentino, explicando que o pensamento de todos está direcionado na reação aos maus resultados da equipa.
Solari, de 42 anos, antigo jogador do Real, referiu que desde sempre “suou” a camisola do emblema madridista, um clube que pede superação e “inclui a todos na sua grandeza”.
“Todos estamos de passagem na vida e esta é uma profissão ainda mais assim, em que tudo passa muito rápido”, disse o ex-técnico do Castilla, equipa B do Real, desvalorizando se as suas novas funções são ou não provisórias.
Também hoje, o técnico dirigiu o primeiro treino pelos ‘merengues’, antes da viagem para Melilha, cidade autónoma espanhola no norte de África, e cujo principal clube recebe o tricampeão europeu na Taça do Rei.
O clube, que disputa a segunda divisão B do campeonato espanhol, é anfitrião dos ‘merengues’ em plena crise dos campeões europeus, numa época em que são nonos classificados no campeonato, a sete pontos do líder FC Barcelona.
A má campanha acontece numa temporada em que o Real viu sair Cristiano Ronaldo, para a Juventus, e teve um acumulado de maus resultados, que levaram à queda de Julen Lopetegui, treinador que tinha deixado a seleção dois dias antes da estreia no Mundial2018.
Entre os jogadores contratados, destaque para o miúdo (18 anos) brasileiro Vinicius Júnior, que custou cerca de 45 milhões de euros, mas raramente foi opção para Lopetegui, jogando mais pela equipa orientada por Solari.
“O Vini é mais um jogador do plantel, estará disponível como os outros”, respondeu o argentino, acrescentando que não há jogadores de primeira e jogadores de segunda e que o brasileiro “têm muito para aprender e dar”.
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