O futebolista do Athletic Bilbau Iñigo Martínez manifestou-se hoje contra uma final da Taça do Rei de Espanha sem público nas bancadas, devido à pandemia de COVID-19, e considerou que jogos à porta fechada são como "encontros amigáveis".
"Tanto os clubes como os jogadores rejeitam por completo essa possibilidade. Uma final sem os nossos adeptos não seria igual. Seria estranho e descartamos essa hipótese. Esperamos que a situação mude e que possamos viver um momento histórico e único nas nossas vidas", afirmou o central, durante uma videoconferência em que respondeu a perguntas de jornalistas e adeptos.
Martínez falava sobre a inédita final da Taça do Rei entre os rivais Athletic e Real Sociedad, que estava agendada para 18 de abril, mas acabou por ser adiada devido à crise mundial de saúde pública provocada pelo novo coronavírus.
Tendo em conta que "ninguém sabe quando voltará a disputar-se uma final entre duas equipas bascas", o central disse que não se deve colocar a hipótese de jogá-la à porta fechada, nem retomar o futebol em Espanha, suspenso desde 12 de março, sem que seja permitida a presença de adeptos nas bancadas.
"Jogar sem público não tem emoção. Seria muito estranho. Não teria intensidade, seria como se estivéssemos a disputar jogos amigáveis", referiu Iñigo Martínez, que se formou precisamente na Real Sociedad e rumou ao Athletic Bilbau em janeiro 2018, para substituir Aymeric Laporte, então transferido para o Manchester City.
O campeão europeu de sub-21 pela Espanha, em 2013, lamentou igualmente o adiamento do Euro2020, para 2021, uma vez que "tinha integrado as últimas convocatórias" de Espanha e, por isso, confiava "estar entre as opções finais" do selecionador Luís Enrique.
Espanha é o terceiro país do mundo com mais mortes por COVID-19, registando 16.353 óbitos, entre 161.852 casos de infeção confirmados até hoje.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já provocou mais de 100 mil mortos e infetou mais de 1,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Dos casos de infeção, mais de 335 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, que está em estado de emergência desde de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, registaram-se 435 mortos e 15.472 casos de infeção confirmados, segundo o balanço feito na sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde.
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